Pipita pode estar em Rio Real
‘Pipita’, codinome do menor C.S.R., estava escondido até a madrugada da quarta-feira, 19, no município de Tomar do Geru. No entanto, populares dizem que o menor está fugindo para Rio Real, na Bahia. A população local teria visto Pipita indo para o riacho que segue de Itabaianinha para o interior baiano. Na noite de quarta ele esteve no povoado de Samambaia, em Sergipe, onde chamou por moradores conhecidos atrás de roupas e alimentos. A população passou a noite em claro com medo de mais uma ação violenta do menor, que é acusado de cometer estupros, homicídios e assaltos. Pipita nasceu em Tomar do geru e conhece boa parte da população do local. Por volta das 23h da quarta, o morador José Raimundo dos Santos, ouviu Pipita bater em sua porta, dizendo que queria um lençol. “Ele disse: ‘sou eu, Pipita, filho de Dindin’, não vou te fazer
mal, não, só quero um lençol””, descreveu o morador. Raimundo não quis abrir, e Pipita arrombou a porta falando para ele entregar o cobertor. O morador atendeu o pedido do menor, que ainda perguntou se havia comida.
Área onde Pipita estaria se escondendo
José Raimundo mostra a porta da casa arrombada por Pipita |
Durante a manhã dessa quinta-feira, a última refém que Pipita mantinha, uma adolescente de 13 anos, conseguiu fugir. Ela contou a polícia que ele costuma dormir no mato somente com uma lona, que dorme apenas duas horas por dia e que percorre grandes distâncias. Baseada nas informações que colheu das reféns e dos moradores, a polícia estabeleceu uma área de busca e espalhou agentes em locais estratégicos.
Pipita dorme somente duas horas por dia no meio do mato |
Vítimas
Na cidade de Tomar do Geru, várias pessoas relatam crimes cometidos por Pipita, entre homicídios e furtos. Domingues Alves foi baleado pelo menor nas costas há três meses. “Ele assaltou o restaurante da minha irmã e falou pra gente não dar queixa na polícia. Mas depois desconfiou que a gente tinha denunciado, voltou, matou minha irmã e atirou em mim”, relatou a
Domingues mostra a foto da irmã assassinada por Pipita |
Ele é acusado também de, quando ainda estava acompanhado do comparsa Arakem, ter assaltado Adenilson Oliveira, deixando-o amarrado com a própria blusa. “Eu estava em uma vaquejada, quando sai da área e avistei dois homens. Já pensei que iam me assaltar e tentei voltar. Quando eu comecei a andar pra trás eles me abordaram dizendo que era um assalto. Depois de pegar meu dinheiro, fizeram eu tirar a camisa e me deixaram amarrado”, comentou.
Os moradores de Tomar do Geru dizem que não irão conseguir dormir tranqüilos enquanto Pipita estiver solto pelas redondezas do município.
Por Ben-Hur Correia e Carla Sousa
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