Pirambu: Prefeitura inicia operação conjunta com Marinha

Mar já destruiu boa parte da Orla (Foto arquivo (Portal Infonet)

Uma operação entre a Prefeitura de Pirambu e a Marinha deve retirar os barcos pesqueiros que estão encalhados na praia de Pirambu, desde que um banco de areia formou-se entre o Rio Japaratuba e o Mar impedindo a saída e entrada das embarcações. A operação terá início nesta segunda-feira e deverá ser concluída amanhã, 29.

De acordo com o prefeito da cidade, Élio Martins (PSC), 90% dos barcos estão saindo da cidade e aportado em Aracaju. Ainda segundo ele, a medida seguirá, até que a questão seja resolvida. “Hoje e amanhã (terça-feira, 29) nós montamos uma operação com a marinha que vai nos auxiliar na retirada dos barcos que estão em Pirambu e de alguma forma vamos tirá-los de lá para que passem a aportar em Aracaju, até conseguimos resolver o problema.

Prejuízos

Ainda segundo o prefeito, a cidade terá prejuízos com os desvios das embarcações, já que a maioria dos pescados ficará na capital sergipana. “O prejuízo será grande porque vamos perder o abastecimento do gelo dos barcos e de alguma forma dificultará a entrada dos mariscos que aporta em Aracaju e boa parte fica por lá. As marisqueiras também ficam prejudicadas que dependem desse trabalho. A gente pede que os donos do barco continuem pescando, já que um barco emprega 50 pessoas e nós temos 60 barcos, o que movimenta a economia local. E isso faz a diferença”, entende o prefeito.

Entenda

O avanço do mar em Pirambu já destruiu bares, alcançou parte da pista, corroeu parte do asfalto, e a população teme que outros imóveis construídos na área também sejam afetados. Élio Martins explica ainda, que como o rio Japaratuba perdeu a força da vazão, o mar começou a destruir a orla. “A primeira medida foi conter o avanço do mar que já não oferece mais nenhum perigo às casas que estavam ameaçadas. Agora estamos procurando uma solução para que o rio consiga desaguar no mar. Já envolvemos o Projeto Tamar, Ibama, Adema, Marinha, dentre outros órgãos que fazem parte desse processo. Essas medidas é para que possamos encontrar a melhor forma de sanar o problema”, conclui.

Por Eliene Andrade