Hoje pela manhã o vice-lider do PSDB no Senado, o senador sergipano Almeida Lima, em entrevista a uma rádio local, esquivou-se a todo instante das perguntas que tratavam sobre a reunião que os membros do partido no Estado teriam convocado para a redação e aprovação de um documento solicitando a executiva nacional da sigla que Almeida não assuma a liderança do PSDB em Sergipe.

“Você acha que eu vou estar preocupado com o boneco de um ventrículo? Porque quando ele (Ulisses Andrade) diz algo, quem na verdade esta falando por ele é Albano Franco. Eu já cansei de repetir isso. Aqui para nós, sem quere desmerecer ninguém, eu não vou ficar aqui me preocupando com Albano, ainda mais com todos esse problemas que o Estado e o país estão passando”, declarou o parlamentar.

O senador fez pouco caso do fato de não ter sido sequer convidado para a reunião, e das declarações de companheiros do partido que disseram não querem vê-lo nem passando na porta do Iate Clube, onde será realizado o encontro. “Isso não está na minha agenda. Eu não estou preocupado”, afirmou. Ao contrário do que muitos esperavam, Almeida preferiu falar sobre outras questões como a ida da refinaria para Pernambuco, a transposição do rio São Francisco e a declaração polêmica dada ontem pelo presidente da República, Luiz Inácio “Lula” da Silva.

Para o senador, o anúncio feito ontem por Lula afirmando que quando tomou posse recebeu denúncias de corrupção no governo de Fernando Henrique Cardoso, também do PSDB, mas que manteve em sigilo, é gravíssimo. Para Almeida o presidente além de cometer um crime deu um mal exemplo a população. “Pior é que além do crime de prevaricação, de omissão de um fato tão importante, ele deu uma péssima lição”, disse.

“Lula se mostrou um presidente falastrão, e olha que não é aí que reside a gravidade do problema. A gravidade está no seu comportamento devidamente externado. Esse é o tipo de fato que não requer nem retratação. Ele deve pedir desculpas ao povo brasileiro sim, mas deve também revelar os fatos, denunciar o que sabe”, concluiu.  Quanto ao fato de assumir a liderança do partido em Sergipe, Almeida argumentou: “A direção nacional do partido tomou uma decisão de me convidar e eu de pronto aceitei. E o prazo de validade do convite ainda não passou. Eu não tenho porquê me ‘avexar’. Tenho que ter tranqüilidade e calma”, enfatizou.