Polícia fecha clínica clandestina em São Cristovão

Material usado para a prática ilegal do aborto (Fotos: SSP/Divulgação)

A Polícia Civil fechou uma clínica clandestina que funcionava na residência de uma mulher, acusada de utilizar meios ilegais para interromper gravidez indesejada. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública, a mulher, identificada como Nicelda Francisca dos Santos, 49, atuava há cerca de 15 anos na atividade ilegal e estava sendo investigada há cerca de seis meses pela equipe do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

A clínica clandestina funcionava em uma residência no conjunto Eduardo Gomes, em São Cristóvão, onde a própria acusada residia. Segundo informações da delegada Rosana Freitas, a acusada foi detida logo após realizar um procedimento clandestino de aborto. A paciente, identificada como Claudia Regina dos Santos, 33, também foi detida, mas acabou liberada mediante pagamento de fiança e responderá ao processo em liberdade, mas Nicelda Francisca foi autuada em flagrante em continua presa, segundo a assessoria da SSP.

Na clínica clandestina, os policiais encontraram diversos instrumentos que seriam utilizados para a prática criminosa: pinças cirúrgicas, seringas, sondas, agulhas, medicamentos, luvas e gazes. Segundo a polícia, o crime vinha sendo executado há vários anos pela sogra de Nicelda, que faleceu mas teria deixado o aprendizado para a nora. Segundo a polícia, a acusada confessou o crime, informando que “introduzia uma sonda nas gestantes através do canal vaginal e provocava a morte do feto que era expelido dias depois".

Rosana Freitas: investigações de seis meses

Segundo a polícia, Nicelda cobrava quantias entre R$ 800,00 e R$ 2.500,00 às pacientes, valores que variavam de acordo com a condição financeira de cada gestante interessada na prática do aborto clandestino. "No caso de Claudia, por exemplo, como ela não tinha dinheiro em espécie, Nicelda aceitou receber uma máquina de lavar roupas como pagamento pelo aborto”, ressaltou a delegada Rosana Freitas. “Por coincidência, o objeto foi entregue na casa da investigada quando a equipe fazia as buscas e, como tinha relação com o crime, foi apreendido e levado para a delegacia", informou a delegada.

As investigações terão continuidade para identificar outras pacientes e constituir novas provas contra a acusada, que permanece presa à disposição da justiça.

Com informações da Ascom da SSP

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