De acordo com o assessor de comunicação da PM, coronel Ramos, a informação passada pelo comerciante sobre a quantidade de agentes é mentirosa. O que teria acontecido, segundo a polícia, foi o envio de apenas duas viaturas após Paulo Cezar ter ameaçado com um porrete a esposa do coronel Péricles e familiares que estavam com ela.

Ainda de acordo com a assessoria da PM, não teria existido a necessidade de intervenção policial. “O coronel chegou depois do fato”, disse Ramos. “Não houve configuração de seqüestro, mas é uma situação delicada por se tratar de uma menor”, falou.

A versão do comerciante

Em entrevista à Rádio Jornal, o comerciante Paulo Cezar Oliveira desmentiu o fato contado pela Polícia, e afirmou que a filha do comandante foi encontrada na casa de uma tia, e não em sua chácara como contou a assessoria da PM. O rapaz esclareceu que não acredita em qualquer tipo de relação amorosa entre seu filho e a filha do comandante. “Apenas são amigos”, disse. 

Diante da presença de policias militares e membros da Tropa de Choque em frente à sua residência, Paulo falou que chegou a acionar segurança através do telefone 190, mas recebeu uma mensagem de desdém do outro lado da linha. “Você quer que a gente faça alguma coisa contra o comandante?”, teria dito o atendente.

Choque

De acordo com o Major Rollemberg, do Batalhão de Choque da PM, os policiais da sua divisão compareceram ao local. “Eu não fui, mas segundo informações do tenente Eron, que esteve lá, a Choque chegou depois do fato e os portões já estavam derrubados”, disse. 

Por Glauco Vinícius e Carla Sousa

*A matéria foi modificada às 9h14 para acréscimo de informações