A demora das autoridades policiais em capturar o menor C.S.R., o Pipita, levou centenas de populares do interior a apelarem ao misticismo para justificar a habilidade do menor já falecido em escapar da polícia. A constatação foi feita pela equipe de jornalismo do Portal Infonet na região antes da captura do menor infrator. Mesmo após a captura do menor que aterrorizou a região, milhares de pessoas continuavam acreditando na versão Pipita foi morto na madrugada do sábado de Aleluia ao tentar invadir a casa do senhor José Barbosa, o Zé Curador, no povoado Campo Grande, em Tomar do Geru. O menor de idade serviu de inspiração na tradicional brincadeira da queima do Judas em várias cidades do interior sergipano e capital. Pipita será enterrado na tarde desta segunda, 24, no cemitério de Tomar do Geru, sua cidade natal. Por Glauco Vinícius e Raquel Almeida
A história de que Pipita seria devoto de São Cipriano (feiticeiro) e adepto do ‘livro da capa preta’ seguia firme no boca a boca da população de Tomar do Geru e Rio Real (BA). “Todo mundo aqui na região sabe que ele, como adepto de São Cipriano, ‘invurta’, ou seja, se transforma em animal quando quer”, afirmou a rio-realense Terezinha Pereira, que ainda salientou que a polícia tinha dificuldades em capturar Pipita por isso. Terezinha: “Dizem que ele “invurtava””
De acordo com a crendice popular, “invurtar” ou “invultar” significa ficar como um vulto ou ficar invisível após dizer uma misteriosa oração. Para muitos, isso é coisa dos antigos.
mística e relacionava os fatos da morte de Pipita à lenda. “Eu acredito sim, porque era tanta polícia, helicóptero e ninguém pegava este menino. E a história diz que quem é seguidor do livro da capa preta só morre por arma branca, e ele morreu por golpe de foice”, afirma Valdirene Souza. Foto de Pipita quando procurado
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