Porteiro diz que foi torturado na 2ª DM

Gerson, que preferiu não mostrar o rosto, diz que está assustado(Foto:Portal Infonet)
O porteiro Gerson Santos Silva, 31 anos, esteve na manhã desta quinta-feira, 27, nas dependências da Delegacia Plantonista, onde registrou Boletim de Ocorrência contra um delegado, um policial e uma vizinha.

De acordo com Gerson, no último dia 20 de janeiro, após se envolver em uma discussão com sua vizinha, Maria Marleide, ele foi intimado a comparecer na 2° Delegacia Metropolitana. “Ela me xingou e eu mandei que ela se respeitasse, então ela disse que tinha amizade com um policial chamado Roberto na 2° Delegacia e mandou que eu me preparasse”, relata.

Gerson ainda revelou que no dia 25 de janeiro, compareceu até a Delegacia, após ter sido intimado. “Quando eu cheguei na delegacia, Maria Marleide já estava lá. Ela me apontou para o policial Roberto, que começou a me fazer um monte de pergunta sobre a confusão e depois eu fui atendido pelo delegado Ítalo Almeida”, explica o porteiro.

Segundo Gerson, após relatar ao delegado todo o ocorrido no dia 20 ele foi convidado a passar para outra sala, onde Marleide também foi convidada a entrar. “Ela chegou ao lado do policial Roberto e nesta sala começaram a me indagar querendo que eu confirmasse as acusações que ela havia feito ao meu respeito. Fiquei por meia hora na sala, sem poder ir ao banheiro. Lá sofri uma pressão psicológica danada. Eu sou hipertenso e não posso passar por situações como esta”, pontua.

O porteiro ainda relatou que depois de meia hora foi conduzido mais uma vez ao gabinete do delegado Ítalo. “Quando cheguei na sala dele o policial Roberto também entrou e os dois começaram a perguntar se eu tinha envolvimento com drogas, se eu tinha arma de fogo e mandavam eu confirmar tudo que Marleide dizia. O delegado gritava, me pressionando, dizendo que se eu não confirmasse ficaria preso. Fiquei com muito medo, não só deles dois”, afirma Gerson.

Terminado o interrogatório, Gerson foi liberado e acabou voltado para a casa assustado. “Tenho medo do que pode acontecer. O filho dessa mulher é usuário de drogas, ela é amiga desses policiais e estou preocupado com minha família. Agora pela manhã, irei ao Ministério Público pedir ajuda, porque não sei o que fazer”, desabafa Gerson Santos.

SSP

De acordo com infortmações do assessor de comunicação da Secretaria de Segurança Pública, Lucas Rosário, o caso já é de conhecimento da coordenadoria da capital que deverá apurar os fatos.

Ainda segundo Lucas caso seja verificado algum tipo de irregularidade por parte dos policiais, todas as medidas cabiveis serão tomadas.

Por Alcione Martins

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