Praia 13 de Julho: urbanização começa em 90 dias

João Alves e a arquiteta Angélica Rocha: Calçadão Praia Formosa (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

O prefeito João Alves Filho (DEM) lançou edital de licitação para a urbanização do aterro do rio Sergipe na Praia 13 de Julho, obra já concluída pela Prefeitura de Aracaju, que custou R$ 8 milhões. No início desta semana, a arquiteta Angélica Rocha concluiu o projeto urbanístico, que será batizado de Calçadão da Praia Formosa, e na manhã desta quinta-feira, 10, o prefeito assinou a licitação em solenidade ocorrida no calçadão da Praia 13 de Julho.

O orçamento ainda não foi concluído, mas o secretário municipal de Infraestrutura Luiz Durval garante que o preço será compatível com o local e com a dimensão da obra. A prefeitura planeja, segundo Luiz Durval, iniciar as obras efetivamente nos próximos 90 dias, com a perspectiva de concluí-las entre os meses de janeiro e fevereiro do próximo ano.

Pelo projeto, a área urbanizada terá extensão de 640 metros e 18 mil metros quadrados de área construída, equipada com píer, equipamentos de lazer e parede escalada para a prática de esportes radicais. O projeto atual é bastante semelhante ao apresentado à imprensa pelo então prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) no dia 20 de setembro de 2012, assinado pela mesma arquiteta Angélica Rocha, inclusive com a mesma nomenclatura.

Projeto prevê parede escalada: incentivo a esportes radicais

Mas Luiz Durval vê diferença e garante que o ex-prefeito não deixou o projeto efetivo pronto para aquela área. “O que havia era um esboço simplório de ocupação espacial, que não podia ser classificado como projeto”, observou, em entrevista concedida ao Portal Infonet nesta quinta-feira, 10, durante a assinatura da licitação.

Riscos à saúde

Luiz Durval observou que além dos riscos de desabamento da balaustrada erguida às margens do rio Sergipe na Praia 13 de Julho, no trecho próximo ao Iate Clube, o impacto das águas trazia também risco maior à saúde dos cidadãos devido ao elevado índice de poluição do rio. Segundo Durval, foi constatada a presença de 10 bactérias naquela área, todas resistentes a antibióticos conhecidos.

“Antes pensávamos que havia apenas o incômodo para as pessoas que transitavam naquela área em decorrência do “spray” de água lançado sobre os transeuntes”, observou. “Mas ficou constatado que havia também riscos de contaminação com estas bactérias, mesmo que o cidadão não fosse atingido pelo spray de água”,  comentou o secretário municipal.

Segundo Durval, os estudos de impacto ambiental realizados na região indicaram um nível de poluição bastante elevado. “Foram encontrados 1 milhão e 600 mil de coliformes fecais por 100 ml de água, quando o limite suportável é de 1 mil e duzentos”, informou. O risco de contaminação no humano também foi afastado com as obras de contensão realizadas pela prefeitura de Aracaju, segundo destacou Luiz Durval.

Por Cássia Santana

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