Os professores da rede municipal de ensino de Macambira retomaram ontem, 18, as aulas. A categoria tinha entrado em greve na última quinta-feira, 12, e conseguiu que o prefeito, Fabiano Santos Alves (PSDB), assinasse um documento se comprometendo a atender algumas reivindicações que motivaram a greve. Segundo Enivalda Leite, diretora da Sub-Sede do Sintese no Agreste, há cinco anos os professores não têm reajuste e recebem um salário base de R$ 213. A prefeitura também estaria há cinco anos sem negociar o plano de carreira e o estatuto do magistério. Em Macambira, a rede municipal estaria se responsabilizando pelo ensino médio, que normalmente é área de atuação do Estado, e deixando sem assistência o ensino infantil, que é obrigatoriamente responsabilidade dos municípios. A rede ainda possuiria uma folha de pagamentos inchada. Os professores têm uma carga de 200h mensais, mas a cidade não dispõe de salas suficientes para completar a carga de todos os professores. Ainda assim, a prefeitura teria convocado indiscriminadamente os aprovados no último concurso. Estes aprovados, inclusive, entram na rede municipal com um salário maior do que os docentes que já estão há mais tempo. O prefeito admite que houve um erro administrativo quanto a isso e se comprometeu a solucionar o problema. A outra reivindicação aceita foi o reajuste de 7,59% nos salários. “Esse reajuste não vai recuperar as perdas dos últimos cinco anos”, assinala Enivalda Leite. Alves prometeu ainda retomar as negociações das outras pautas, uma reunião ficou marcada para o dia 01 de agosto. Os professores marcaram para o mesmo dia uma assembléia geral. “Caso as negociações não avancem, os professores podem retomar o movimento grevista”, afirma Leite.
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