Presos são transferidos e Sejuc vai apurar se houve falha na revista

Os internos liberaram os reféns ainda na noite da terça-feira, 11 (Foto: Reprodução vídeo envido pela Sejuc/SE)

Os seis internos que promoveram uma rebelião na terça-feira, 11, no bairro Santa Maria, já estão no Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão. Essa era a principal solicitação feita pelos detentos que diziam não estarem seguros no Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), no bairro Santa Maria. O fim da rebelião ocorreu às 21h30 da noite de ontem, com a retirada dos reféns e dos presos que não ficaram feridos.

Segundo informações passadas pela Secretaria da Justiça, do Trabalho e de Defesa do Consumidor (Sejuc), em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 12, esses detentos já são condenados com trânsito em julgado pela justiça, com penas que variam de 30 a 248 anos. Durante a rebelião, os internos estavam em posse de facas e pedaços de ferros.

Coletiva contou com a participação de membros da polícia e da OAB (Foto: Sejuc)

Em coletiva a imprensa, o coronel Reinaldo Chaves, secretário-executivo da Sejuc, informou que um inquérito será instaurado pela Secretaria com o objetivo de se identificar como se deu a rebelião e como os detentos tiveram acesso as armas usadas no motim. “A enfermaria é uma unidade fora dos pavilhões, é gradeada e filmada, um local seguro. Estamos de posse de imagens de DVD, com acervo fotográfico de todo o evento com o desfecho para fazermos a materialização do caso. A gente quer saber se houve falha no procedimento da revista e como os presos conseguiram tirar as algemas”, conta Chaves, ao acrescentar que os presos também deverão sofrer sanções administrativas por iniciar a rebelião.

Fim da rebelião

Após cerca de 10h de negociações, a Secretaria da Justiça, do Trabalho e de Defesa do Consumidor (Sejuc) e a Polícia Militar concluíram as negociações e foi encerrada a rebelião desencadeada por seis internos no Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf).

De acordo com o coronel José Moura Neto, comandante do policiamento militar da capital (CPMC) a ação da polícia de Sergipe foi para preservar vidas. “Foi um evento complicado porque se viu que os detentos tem penas superiores a 30 anos e o mais importante foi preservar vidas. Nós da PM estivemos para dar garantia as negociações e Sergipe está de parabéns pela ética e o comportamento seguro na rebelião”, diz.

As negociações também foram acompanhadas de perto por um representante dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE). “Nosso objetivo foi abrir um diálogo e mostrar segurança nas negociações. A partir da nossa chegada, mostramos segurança e abrimos um diálogo e claro que o MP e o TJ foram fundamentais no desfecho da rebelião”, conta Robson Barros, da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE.

por Aisla Vasconcelos

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