Projeto alerta para proteção do Peixe-Boi-Marinho no Carnaval

(Foto: divulgação)

Durante o feriado de Carnaval, muitas pessoas optam por fugir da folia das capitais e viajar para as praias do Nordeste, como o litoral sul de Sergipe e norte da Bahia. Uma oportunidade para desfrutar respeitosamente verdadeiros paraísos, com paisagens lindas e água quentinha. E o visitante ainda pode ter a sorte de encontrar um peixe-boi-marinho em ambiente natural. Um momento único, um privilégio, pois trata-se de uma espécie ameaçada de extinção no Brasil, que inclusive é protegida por lei federal. E, neste momento, o Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho faz um alerta para proteger a espécie e pede a colaboração de moradores e turistas.

Alguns animais, sobretudo os reintroduzidos, como “Astro”, “Tinga” e “Tupã” (frequentadores do litoral de Sergipe e Bahia), aproximam-se com facilidade dos seres humanos, porém para o bem dos animais e segurança de todos, é importante seguir algumas orientações.

Ao encontrar um peixe-boi-marinho, os técnicos do projeto recomendam que a pessoa mantenha distância de 10 metros dos animais e apenas admire-os de longe. Um movimento brusco de um animal (que pesa mais de 400kg) pode machucar uma pessoa. O indicado é apenas admirar de longe. Não se deve tocar, alimentar e nem fornecer bebida. O peixe-boi se alimenta de vegetação aquática encontrada no mar, estuários e manguezais. Os alimentos ofertados pelos seres humanos não fazem parte da sua dieta. Quando está com sede, o peixe-boi entra nos estuários e procura nascentes de água doce para beber. Ou seja, o animal encontra tudo o que necessita na natureza, não precisa da ajuda humana para isso.

Se perceber que o animal está em situação de perigo, machucado ou encalhado, pode entrar em contato com a equipe do Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho/ Fundação Mamíferos Aquáticos pelos telefones: (79) 99130-0016 / (83) 99961-1338/ (83) 99961-1352.

Outra recomendação importante é para os condutores de embarcações motorizadas redobrarem a atenção quando estiverem navegando para não atropelar e nem machucar o animal. A hélice da embarcação em movimento pode ferir gravemente o peixe-boi. Este tipo de acidente tem ameaçado constantemente a espécie no Nordeste, a exemplo do peixe-boi-marinho “Astro”, que já foi vítima de mais de 20 atropelamentos por embarcações motorizadas.

O Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho – realizado pela Fundação Mamíferos Aquáticos em parceria com o Programa de Pós-graduação em Ecologia e Monitoramento Ambiental da Universidade Federal da Paraíba – é uma estratégia de conservação e pesquisa para evitar a extinção da espécie no Nordeste do Brasil.

Fonte: Assessoria de Imprensa

 

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