O promotor de justiça Deijaniro Jonas não tem dúvidas de que houve desvio de combustível destinado para o abastecimento de viaturas da Polícia Militar de Sergipe. Duas frentistas foram denunciadas por envolvimento no suposto esquema para desviar o combustível a partir de inquérito policial concluído pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP). Mas o promotor de justiça, embora tenha encontrado fortes indícios sobre a existência do fato denunciado, ainda não encontrou nos autos provas que possam mensurar o valor que a suposta prática do crime tenha gerado aos cofres públicos. “O fato existiu, mas ainda não podemos mensurar”, ressaltou o promotor de justiça.
Nesta sexta-feira, 23, o juiz Pedro Rodrigues Neto, da 3ª Vara Criminal, ouviu novas testemunhas arroladas pelo Ministério Público neste processo em que as frentistas Christiane Lima Santos e Vivia Bispo dos Santos respondem por suposto crime de peculato mediante erro de outrem [crime praticado por funcionário público contra a administração em geral]. Paralelamente, há uma outra investigação penal que tramita na Justiça Militar por envolver o sargento Robertson Souza Silva, investigado em Inquérito Policial Militar, que tramita na 6ª Vara Criminal.
Compartilhamento de provas
O promotor de justiça Deijaniro Jonas, que atua no processo que tramita na 3ª Vara Criminal, solicitará que as provas contidas no IPM sejam compartilhadas e anexadas ao processo judicial que tramita na 3ª Vara Criminal. Ele acredita que, a partir desse compartilhamento de provas, possa alcançar a dimensão do montante desviado. Nos autos, que tramitam na 3ª Vara Criminal, há referência que os prejuízos atingem o montante de R$ 58 mil.
O advogado Ítalo Santana Vieira, que atua nesse processo, preferiu não tecer maiores comentários a respeito da estratégia da defesa em favor das acusadas. Ele informou que aguardará em silêncio para não atrapalhar o andamento processual.
O advogado Aloísio Vasconcelos, que atua na defesa do sargento Robertson Souza Silva, diz que não houve crime. “O que está demonstrado [nos autos] é que não houve qualquer desvio de combustível”, diz. “Houve inverdades que vieram macular a imagem da Polícia Militar e do sargento Robertson e nós vamos pleitear as devidas reparações”, assegurou. As reparações, segundo explicou, virão em um outro processo judicial que a defesa pretende mover contra as pessoas que revelaram os fatos, de forma inverídica, que estão sendo investigados.
por Cassia Santana
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