Quase 3 mil casos de violência doméstica já foram registrados em 2010

2.976 casos de violência domestica foram registradas na DM este ano
O número de mulheres agredidas em todo o país cresce a cada dia. De acordo com a última pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada quatro mulheres foi agredida fisicamente entre setembro de 2008 e setembro de 2009.

Segundo a delegada da Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), Georlize Teles, até o momento já foram contabilizados na capital 2.976 casos de agressões domésticas contra a mulher, conforme apontam os registros de Boletins de Ocorrência da Delegacia da Mulher. O que chama atenção é que as agressões são provocadas por alguém próximo à vítima como namorado, marido e até ex-conjuges.

Para a delegada Georlize Teles, o agressor não apresenta justificativa para as agressões. “Eles não conseguem se justificar, são sempre vítimas, dizem que a mulher provocou porque não arrumou a casa, porque não fez a comida ou até mesmo por ciúmes”, relata.

Delegada Georlize Teles faz um alerta para o primeiro sinal de ameaça
Ainda segundo a delegada, algumas denunciantes chegam à delegacia para que os agressores sejam orientados. “Muitas não querem que o agressor seja preso, mas que sejam orientados a não bater nela, porque muitas dependem dos cônjuges e querem apenas continuar no lar sem agressões. As mulheres de classe mais baixa são as que mais denunciam, pois não tem a quem recorrer e a única alternativa é procurar a delegacia”, disse Georlize Teles.

Agressões

“Na verdade o que existe são desculpas de todas as formas. Se bate na mulher porque ainda existe um preconceito machista de que a mulher é o ser mais fraco ou que ela é de propriedade do homem e não existe um perfil do agressor, são homens de todas as classes sociais e faixa etária”, pontua a delegada.

A delegada ainda declara que não existe uma faixa etária de mulheres agredidas, mas a incidência maior é entre 25 a 35 anos de idade. As agressões são de diversos tipos como ameaças, lesão corporal, ofensa contra a honra, lesões leves e até injuria.

Alerta

A delegada Georlize Teles, do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis, ainda faz um alerta para o primeiro sinal de ameaça. “Na primeira agressão física ou moral que a mulher sofrer, procure uma delegacia de polícia mais próxima para se evitar que algo mais sério aconteça contra a mesma ou aos próprios filhos”, alerta Georlize Teles.

Por Aisla Vansconcelos e Raquel Almeida

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