Reserva de mercado foi debatida entre profissionais da saúde na AL
O Projeto de Lei do Ato Médico, que tramita no Senado, continua causando comoção entre os profissionais da área de Saúde, inclusive em Sergipe. Hoje, uma discussão sobre o assunto, proposta pelo deputado Francisco Gualberto (PT), na Assembléia Legislativa do Estado, contou com representantes da área. Segundo a proposta, todos os diagnósticos e prescrições de terapia na área de saúde profissional passariam a ser atribuição exclusiva de médicos. O projeto foi apresentado em 2002 para definir o campo de atuação da medicina. Hoje, ele tramita na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e deve ser votado no ano que vem. Durante a sessão na AL, a deputada Ana Lúcia Menezes (PT) aproveitou para discordar da iniciativa e afirmar que a reserva de mercado é uma forma de dividir os profissionais da área. Gualberto, por sua vez, criticou o número cada vez maior de médicos empresários. “Não podemos ceder ao capital miserável que coloca a população como objeto de enriquecimento”, afirmou durante a sessão. Para o presidente do Conselho Regional de Medicina, o médico José Sérvulo Sampaio, as clínicas privadas só prosperam como negócio pela incapacidade da rede pública. Ele também afirmou que o CFM pretende debater o projeto com treze carreiras paramédicas já regulamentadas. Fato negado pelo presidente do Conselho Regional de Fisioterapia da Bahia e Sergipe, José Roberto Borges Santos. “O CFM não quer discutir nada. Seus dirigentes fogem, não sentam à mesa e debocham das demais profissões”, acusou durante o debate.