Semarh e UFS discutem controle de espécies exóticas

Reunião ocorreu nessa última quinta-feira, 10

No final da manhã desta quinta-feira, 10, o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Olivier Chagas, recebeu em seu gabinete o professor de Ecologia e Biologia da Conservação da Universidade Federal de Sergipe, campus Itabaiana, Juliano Ricardo Fabricante, o qual apresentou uma proposta de criação de uma resolução estadual, a partir de um estudo conceituado sobre "Invasão Biológica", visando o controle de espécies exóticas invasoras na flora sergipana.

De acordo com o professor Juliano, "espécie exótica invasora" é toda aquela que se encontra fora de sua área de distribuição natural, ameaçando ecossistemas, habitats ou espécies nativas. Estas espécies, afirma ele, por suas vantagens competitivas e favorecidas pela ausência de inimigos naturais, têm capacidade de se proliferar e invadir ecossistemas.

“Eu trouxe a proposta de criação de um instrumento legal para o governo. Depois de algumas reuniões, chegamos ao consenso de que o melhor formato seria uma resolução. A ideia não é proibir ninguém de fazer nada, mas sim, o Estado poder controlar o assunto de acordo com a intenção de conservação das espécies nativas. Queremos valorizar nossas espécies nativas que estão desaparecendo também em consequência das exóticas invasoras, que causam problemas econômicos e sociais. O secretário nos recebeu bem e estou bastante satisfeito”, afirmou o mestre.

As espécies invasoras, de acordo com Juliano, são velhas conhecidas e benquistas do povo sergipano, como a leucina, algaroba, mangueira, jaqueira, diversas espécies de gramíneas que são utilizadas para a formação de pasto. “Todas elas são oriundas de outros países e causam danos ao meio ambiente”, explica Juliano.

O secretário Olivier Chagas elogiou o estudo e disse que a resolução será discutida no Conselho Estadual do Meio Ambiente. “Nossa ideia é fazer uma discussão no Conselho para que possamos implementar uma regulamentação sobre essas plantas que são consideradas invasivas e exóticas. Nós estamos, dessa forma, buscando equilibrar o meio ambiente, onde o Estado tem as suas políticas ambientais, políticas de reflorestamento, observando aquilo que é adequado, observando o que é nativo e o que não é”, avaliou.

A bióloga da Superintendência de Biodiversidade e Florestas e Áreas Protegidas (SBF) da Semarh, Valdelice Barreto, também acompanhou a reunião. Para ela, o papel da Semarh é apoiar o professor nessa ideia de erradicação dessas espécies.

“Digo erradicar no sentido de impedir que essas espécies cresçam e, se possível, evitar que sejam plantadas. A pesquisa aponta mais de 50 listas de exemplares de espécies exóticas no Estado e a Semarh vai promover, tanto no trabalho de Educação Ambiental quanto na tentativa da aprovação de uma resolução e, assim, contribuir com a preservação ambiental”. Também acompanharam a reunião Carlos Mateus, da equipe da SBF, e a assistente do professor, Keiliane de Araújo.

Fonte e foto: Semarh

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