Em greve há 28 dias, os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) prosseguem com a paralisação. Os grevistas conseguiram liminar da Justiça para garantir o recebimento dos salários, após o Governo Federal ter mandado cortar o ponto dos dias parados. Luiz Mário Alfano
“Não aceitamos mexer no nosso ponto”, afirmou o presidente da Associação dos Servidores do Incra em Sergipe, Luiz Mário Alfano. Ele garantiu que os servidores se propuseram a recuperar os projetos que estão paralisados devido a greve, trabalhando nos sábados e domingos, desde que o governo atenda suas reivindicações.
Alfano explicou que a decisão judicial determinou que 30% dos servidores devem se manter nos postos de trabalho. A paralisação em Sergipe atingia 100% do pessoal. Na semana passada, após reunião realizada com representantes dos ministérios do Planejamento e do Desenvolvimento Agrário e do próprio instituto, o Governo Federal fez uma proposta que foi recusada pelos servidores do Incra.
“Foi uma proposta imbecil!” disse Alfano, explicando que o governo solicitou o retorno ao trabalho para iniciar as negociações, mas sem nenhum prazo para conclusão, além de que só discutiria o plano de carreira. Os grevistas reivindicam a contratação de 3.200 funcionários, reestruturação do plano de cargos e salários e protestam contra o projeto de lei que limita por dez anos os reajustes salariais dos funcionários públicos.