Setransp estuda meio de aumentar tarifa do transporte

Passageiros não aprovam possível aumento de tarifa (Fotos: Portal Infonet)

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) já iniciou estudos para enviar uma proposta de aumento da tarifa do transporte coletivo da Grande Aracaju a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Aracaju (SMTT). De acordo com informações do órgão, a solicitação do reajuste da tarifa está sendo baseada nos custos do serviço definidos pela planilha tarifária. Até o momento, não há nenhuma definição sobre o percentual do reajuste, bem como a data prevista para o envio do ofício.

A notícia do possível aumento na tarifa do transporte coletivo não agradou aos passageiros. Para o agente de endemias, Paulo César Fontes, 50 anos, a qualidade do serviço ainda é precária.

“A situação está cada vez mais difícil para nós que precisamos do coletivo, porque ônibus demoram muito e os terminais só andam lotados, inclusive boa parte dos veículos que ciruculam são velhos. Então para mim está fora de cogitação um novo aumento. A passagem já está muito cara”, disse o agente.

O agente de endemias, Paulo César Fontes

O Bacharel em Direito, Erik Ricardo, 25 anos, classificou a atual tarifa como abusiva. “A tarifa em si já é desproporcional, ela não oferece o que realmente cabe. Até hoje eu não entendo o porquê desse valor alto para um serviço fraco e não eficiente”, relata.

Para o comerciante, Jorge dos Santos, 60 anos,  este não é o melhor momento para se discutir um possível aumento de tarifa. “Os ônibus não estão cumprindo o seu horário, é preciso uma atenção maior para resolver esse problema. Não sou a favor do aumento da passagem, acho que isso não deve ser discutido no momento”, disse.

Movimento Não Pago

Em entrevista ao Portal Infonet, o integrante do Movimento Não Pago, Gustavo Mendes, disse ter recebido a notícia do possível aumento da tarifa com muita preocupação.

O Bacharel em Direito, Erik Ricardo

“A notícia mostra, de forma cabal, que a tarifa de hoje é superfaturada. Ela não segue o que diz a lei. E isso já foi reconhecido em alguns momentos pela justiça. Vamos seguir o mesmo caminho que fizemos no ano passado, iremos estudar a proposta e ver se tem algo errado nela. O aumento do ano passado já é considerado abusivo, porque o valor já deveria ser menor do que é”, disse Gustavo.

O integrante do movimento disse ainda que irá ver a possibilidade de intervir judicialmente para tentar evitar um novo aumento da tarifa.

SMTT

Segundo o diretor de comunicação da SMTT, Flávio Vasconcelos, até o momento, nenhuma solicitação referente ao aumento da tarifa foi recebida pelo órgão.

“Por enquanto não iremos declarar nada. Esse é um processo natural, em que todo o mês de janeiro, eles fazem um cálculo para um possível reajuste de tarifária. Ainda não recebemos nenhuma proposta”, explica.

O integrante do Movimento Não Pago, Gustavo Mendes

Por Leonardo Dias e Aldaci de Souza

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