Sindetran irá entrar com recurso contra ilegalidade da greve

(Fotos: Fabiana Molina/Portal Infonet)

O Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran) irá protocolar na tarde desta terça-feira, 17, um recurso contra a decisão do desembargador Luiz Cláudio Déda que declarou a greve dos servidores ilegal a partir do procurador Guilherme Augusto Marco Almeida que deu entrada com o pedido de ilegalidade no Tribunal de Justiça de Sergipe na última sexta-feira,13.

“Nosso advogado irá protocolar um recurso nesta tarde contra a decisão do desembargador com o pedido de suspensão da liminar do desembargador”, conta o diretor de comunicação do sindicato Túlyo Márcio.

Greve

Ainda na manhã desta terça-feira, 17, os servidores fizeram uma manifestação em frente da sede do Detran na avenida Tancredo Neves cobrando o aumento salarial além de melhoria nas condições de trabalho. De acordo com o presidente do Sindetran, Clebson Pinto cerca de 300 trabalhadores ganham R$ 400 de salário líquido.

Clebson Pinto

“O governo disse que responderam a nossa pauta de reivindicações, mas nós pedimos que isso fosse de forma oficial e documentada, foi de forma verbal. Não existe um acordo de categoria verbalmente. Então não tem como nós chegarmos a um acordo dessa forma, eu solicitei que isso fosse feito de forma oficial, infelizmente não se teve essa resposta. Mais de 70% dos servidores recebem um salário líquido de R$ 400 para trabalhar 30 horas semanais na sede e no interior. Para quem trabalha no Ceac, o tempo ainda é maior”, declara.

O servidor do órgão Marcelo Macedo que trabalha há um ano no Detran afirma que é difícil manter as contas de casa em dia com família e filhos para sustentar. “Sou casado e tenho um filho de seis anos, mas não passo necessidades ainda por conta da ajuda do meu pai. Com o meu salário no máximo pago a conta de água e luz da minha casa e no resto, os familiares ajudam, somente assim posso pagar um escola para o meu filho e ter comida em casa. Mas quem não tem família para ajudar tem que se virar para se sustentar”, acrescenta.

Por Bruno Antunes