Sinpol entregará documentação a OIT

Moraes diz que a questão será resolvida na Justiça (Foto: Arquivo Portal Infonet)
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), Antônio Moraes, disse que na última reunião com a categoria, realizada na semana passada, ficou decidido que o sindicato agirá na Justiça, ou seja, que a categoria não entrará em greve ou fará paralisação em protesto do desligamento dos 14 agentes da Polícia Civil que foram impedidos de continuar exercendo a sua função.

 

O problema começou em 2001, quando alguns candidatos não tiveram êxito na prova física do concurso para a instituição, mas passaram na prova teórica e assumiram os cargos através de recurso. Agora, mesmo com os pareceres favoráveis, a PGE recorreu da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde foi dada decisão favorável ao Estado. A Procuradoria pediu o desligamento dos policiais e o corte de salários, mesmo antes de a sentença ser definida.

 

De acordo com Moraes a situação dos agentes é muito difícil, além do corte no salário e o fato de não poder quitar com compromissos financeiros, alguns agentes apresentam quadro depressivo. “Imagine você ter que tirar seu filho do inglês, ou não poder pagar a escola particular? Temos um colega que estava tão desesperado que tiramos a sua arma e ficamos dois dias acompanhando ele, porque temíamos que ele tirasse a própria vida”, conta o presidente do Sinpol que afirma que os 14 agentes continuam portando arma e com carteira de policial, mas não recebem salário.

 

“Ficou decidido na assembléia que quem desejar aumentar a contribuição sindical em R$40 para repassar para os agentes, o sindicato fará o repasse de R$1 mil. E quem não for policial pode depositar na Conta Poupança do Banese 03/1002 55-7, agencia 051”, diz Antônio Moraes que informa ainda que toda documentação a cerca do desligamento dos agentes e os prejuízos causados serão levados para a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

 

“Esse relatório só não foi enviado ainda porque acreditávamos que o diálogo e a pressão do movimento fossem adiantar”, menciona.

 

Moraes diz ainda que cada agente recebia em torno de R$5 mil e que com as doações e a contribuição do sindicato espera repassar cerca de R$3 mil mensalmente. “Esse dinheiro será a titulo de empréstimo, quando eles foram ligados novamente e receberem o retroativo poderão devolver os valores”, explica.

 

O presidente do Sinpol critica o fato dos servidores serem desligados sem nenhum decreto governamental. “Esses agentes não possuem histórico de nenhum problema ligado a classe. Os responsáveis não vão esquecer, com base na Justiça, do que fizeram com esses servidores”, frisa Moraes.

 

Por Kátia Susanna

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