“Queremos segurança!!!”. Essa era a reivindicação dos taxistas ao longo do trajeto da carreata que teve início na praça Tobias Barreto, em frente ao Instituto Médico Legal – IML – até o Palácio dos Despachos. A mobilização começou no início desta manhã, quando um taxista, de nome Antônio Cosme Elias Martins, 52 anos foi alvejado com dois tiros, um nas costas e outro no peito, sendo encontrado morto por policiais às 23h15 de ontem no matagal do bairro Farolândia. Segundo o sistema de comunicação de táxi – da empresa ST Táxi -, a última chamada para o taxista foi por volta das 23h no terminal Rollemberg Leite, depois disso não se teve mais contato. 
Taxistas: inconformados com falta de segurança
A mobilização começou com uma pequena quantidade de taxistas em frente ao IML, que se
revoltaram com a morte do taxista Antônio Martins, fazendo um pequeno aglomerado na rua de Itabaiana. Desse pequeno congestionamento e com a ajuda da rádio de comunicação dos taxistas e a mídia, a geração de uma carreata tomou conta do centro da cidade na manhã de hoje. No decorrer do trajeto, bombeiros, tropa de choques, equipe do CPTran e Polícia Militar auxiliaram na organização do trânsito e movimentação dos taxistas. A cidade estava um caos e os vários taxistas buzinavam em protesto como forma de mobilização para que autoridades possam tomar medidas que assegurem a vida desses profissionais. 
Categoria organizou carreata de protesto pelas ruas da cidade
Essa era a bandeira defendida, pelo menos, o o presidente do Sindicato dos Taxistas, João Barbosa. Ele complementou ainda que “é preciso reivindicar medidas
de segurança, senão vai haver mais mortos”. Atualmente são cadastrados 2.080 taxistas no Sindicato, e a preocupação desses profissionais são os dados de assaltos cometidos no de 2003 com 88 delitos com uma morte e em 2004, 74 assaltos e uma morte. 
João Barbosa: Sindicato alerta para violência contra taxistas
Dentre as várias manifestações deflagradas ao longo da carreata, uma delas foi um incêndio de um carro em frente a Cehop como forma de protesto, o que gerou confusão entre taxistas e tropa de choque. Tiros de contenção pela tropa foram disparados como forma de alertar uma melhor conduta na manifestação. Depois de muitos tumultos, em frente ao Palácio Governador Augusto Franco, o deputado Gilmar Carvalho sobe em um carro de som para formar uma comissão para fazer negociações.
Em seu discurso, o deputado organiza uma comissão com taxistas para fazer negociações e diz: ”Só saio daqui com uma posição clara do governador”. No palácio, em busca de soluções, Gilmar Carvalho e uma comissão de 5 membros, representando os taxistas, se reuniram com autoridade para resolver medidas a segurança dos motoristas. Um dos taxistas que participou da reunião, João de Azevedo de Aragão, de 61 anos, diz entre as reivindicações estão a retomada de blitz para taxistas e usuários também, dentre outros e também comenta a respeito do crime: “Foi um crime brusco. Não pode continuar assim e sei que o governador João Alves vai dar o apoio necessário porque senão pode perguntar a ele quem é o próximo?”. 
Gilmar Carvalho: “porta-voz” dos manifestantes
Policiamento pesado para tentar conter os ânimos
Com essa manifestação, a situação é de revolta, que contraria motoristas e que esperam ansiosamente por estruturas de segurança que lhe assegurem proteção para mais tarde não haver mais outro clima de revolta. Hoje pela manhã, o superintendente da Polícia Civil do Estado, o delegado Paulo Ferreira, em entrevista ao programa “Comando Geral”, da Rádio Jornal AM, disse lamentar a morte. Ele também afirmou que a Secretaria de Segurança Pública está empenhada em colocar em prática o programa “SOS Taxista”, que deverá interligar os rádio-amadores dos veículos às centrais da polícia. O objetivo é que ao correr algum risco, o taxista tenha como pedir auxílio através de uma freqüência especial. 
Carro depredado em protesto
