Terceirizados realizam paralisação e aguardam assembleia

Sede da Petrobras, em Aracaju (Foto: Arquivo/Portal Infonet)

Após a paralisação realizada nessa terça-feira, 14, e o pagamento parcial, referente ao salário do último mês de dezembro, cerca de 300 funcionários da empresa Tenasa, que atuam na sede da Petrobras em Sergipe, voltaram ao trabalho, mas podem cruzar os braços novamente a qualquer momento. É o que afirma Stoessel Chagas, diretor do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindipetro AL/SE).

“Além do salário, os funcionários não receberam auxílio transporte e refeição, sendo que alguns alegam o não recebimento de gratificação de férias e a não realização do depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), tendo esse sido feito pela última vez em setembro de 2013”, detalhou Stoessel, mais conhecido como ‘Toeta’.

Segundo o diretor do Sindipetro AL/SE, o acordo feito entre os funcionários foi de que só retornariam às atividades quando recebessem os valores pendentes. Já a promessa feita pela gerência da Petrobras foi de que pagariam nesta quarta, 15, mais da metade do salário dos trabalhadores. O restante seria pago até às 16h desta quinta-feira, 16.

“O que aconteceu na verdade foi que parte dos funcionários recebeu o salário integral. Outra parte recebeu 60% do salário e os demais funcionários não receberam nada. Os auxílios para transporte e refeição, bem como gratificação de férias, não foram pagos a um funcionário sequer”, denunciou ‘Toeta’, apontando para a realização de uma assembléia às 17h desta quarta-feira, 15, em frente à sede da Petrobras em Sergipe, localizada na Rua Acre, em Aracaju. “Nessa assembléia será definido se teremos ou não uma nova paralisação”, antecipou Stoessel.

Segundo a diretora do Sindipetro AL/SE, Gilvani Alves, na próxima sexta-feira, 17, às 14h, será realizada uma reunião com membros da gerência geral da Petrobras, na sede da empresa. O objetivo é prestar esclarecimentos aos funcionários prejudicados.

Conforme informações divulgadas pelo Sindipetro, “a Petrobras tem entregado a maioria dos seus contratos a empresas ‘caloteiras’, sem nenhum compromisso social e trabalhista. Prática essa difundida pela gerência, com base na política de desinvestimento do governo. As conseqüências são a pouca fiscalização dos contratos, o aumento da corrupção na empresa, as condições de trabalho precárias e a retirada de direitos básicos dos trabalhadores”.

A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação da Petrobras e aguarda parecer sobre o assunto.

Por Nubia Santana

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