Tobias Barreto pode sofrer colapso no abastecimento de água

Moradores da cidade de Tobias Barreto já sofrem o efeito da escassez de água (Foto: Portal Infonet)

A população de Tobias Barreto já começou a sofrer com a escassez de água e a situação poderá piorar, caso as obras que estão sendo realizadas pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) não sejam concluídas no próximo mês. Conforme previsão do diretor de operações e manutenção da Deso, Carlos Anderson Pedreira, a água disponível na cidade é suficiente para atender a população por um período de apenas 20 dias.

A falta de água na região, conforme o diretor de operações e manutenção, é consequência da escassez de chuvas na região, que não foram suficientes para o preenchimento da barragem, utilizada pela Deso desde o ano de 2007 para o consumo humano. O manancial está se exaurindo, antes do tempo previsto. “Ainda não secou, mas vai secar”, adverte Carlos Anderson. Segundo o diretor, a barragem foi projetada para atender a população até o ano de 2037 e, desde que a Deso a utiliza, sempre transbordou durante o período chuvoso. Mesmo no ano de 2016 em que a crise hídrica foi uma das piores enfrentada pela comunidade, segundo informações do diretor da Deso.

Obras

A Companhia de Saneamento entrou em estado de alerta em agosto deste ano e o governador Belivaldo Chagas interferiu, pedindo apoio do Governo da Bahia para que a população de Tobias Barreto pudesse ser beneficiada com água produzida em Itapicuru, município baiano, vizinho ao município sergipano. O acordo foi selado e as obras já foram iniciadas, com a perspectiva de serem concluídas na primeira semana de janeiro. Uma obra avaliada em R$ 7 milhões, com tubulação que passa pela BR 349, mantida pelo governo baiano, até alcançar Tobias Barreto. “Nove quilômetros já foram concluídos, faltam apenas dois quilômetros”, diz o diretor operacional.

Mesmo com esta obra concluída, a quantidade de água ofertada não será suficiente para atender a população. Pelos cálculos do diretor operacional da Deso, este empreendimento ofertará cerca de um terço da quantidade de água que a barragem costumava oferecer à população. E, de qualquer sorte, a comunidade será submetida a um rodízio, cujas regras serão anunciadas na próxima semana pela Companhia de Saneamento de Sergipe.

Alternativas para o futuro já estão sendo pensadas pela Deso, segundo o diretor operacional e de manutenção. Há três meses, a Deso iniciou obras de duplicação da adutora Piautinga e ainda está em andamento a obra de duplicação da adutora do alto sertão, iniciada em 2016, sistemas que serão incrementados para garantir a normalidade do abastecimento de Tobias Barreto. Esta segunda obra foi interrompida por um período, mas foi retomada com a perspectiva de ser concluída nos próximos três anos, segundo do diretor operacional. “Mas pode ser postergada, vai depender de recursos”, avisa.

Por Cassia Santana

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