Trabalhadores de SE fazem ato contra a privatização dos Correios

Sindicalistas se reuniram em frente aos Correios do Calçadão da Rua João Pessoa, no centro da capital (Foto: Sintect/SE)

Um ato contra a desestatização dos Correios foi realizado na manhã desta quarta-feira, 14, pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Sergipe (Sintect-SE). A principal queixa dos sindicalistas são os prejuízos que a desestatização vai trazer tanto para os funcionários quanto para a sociedade.

De acordo com Jean Marcel Reimon, membro do Sintect-SE, o objetivo do ato foi dialogar com a população para mostrar a importância histórica da empresa Correios como um serviço essencial presente em todas as cidades do Brasil e as desvantagens que a desestatização trará. “A privatização vai trazer muitos prejuízos para a população, principalmente para a população das cidades menores que poderá sofrer aumento na tarifa postal ou até mesmo a extinção do serviço postal”, declara.

O sindicalista relata que a queixa dos trabalhadores também está voltada para as agências que podem ser fechadas por não darem lucro. “Muitos postos podem ser encerrados com o fechamento de agências que não dão lucro e que são mantidas através  do subsídio cruzado”, explica.

Ainda segundo Jean Marcel, a desestatização também afetará trabalhadores. “Com a privatização, muitas cidades, que não apresentam lucros do ponto de vista financeiro, podem ser encerradas e a população ficará desassistida, sem contar com os trabalhadores que serão demitidos com essa nova realidade da empresa”, pontua.

Correios

Por meio da nota, a empresa disse que as paralisações de empregados, ainda que parciais, trazem prejuízos financeiros não só à estatal, mas a inúmeros empreendedores brasileiros, além de afetar a imagem da instituição e de seus empregados perante a sociedade. Ainda segundo a empresa, os assuntos relacionados a uma possível desestatização, devem ser consultados junto à Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos, do Ministério da Economia e ao o consórcio contratado.

Desestatização

No mês de abril, o presidente Jair Bolsonaro incluiu os Correios no Programa Nacional de Desestatização (PND). O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) optou pela venda total da empresa, em vez do fatiamento, que poderá ser a venda majoritária (em que o Estado continua como acionista minoritário) ou venda de 100% das ações. A privatização dos Correios  vem sendo discutida há anos no âmbito do governo federal e é motivo de protestos de funcionários da estatal.

Por Isabella Vieira e Verlane Estácio com informações da Agência Brasil

 

A matéria foi alterada às 18h38 para acréscimo de nota enviada pelos Correios.

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