Trabalhadores dos Correios fazem novo ato em Aracaju

Ato ocorreu nesta quarta-feira, 20 (Foto: Sintect)
Os profissionais da estatal estão em greve desde a última terça-feira, 18

Os trabalhadores dos Correios fizeram um novo ato nesta quarta-feira, 20, na agência localizada na Rua Acre, bairro Siqueira Campos, em Aracaju, para mobilizar a categoria em prol da paralisação. Os profissionais da estatal estão em greve desde a última terça-feira, 18.

“Estamos promovendo esse ato para chamar atenção dos trabalhadores que ainda não aderiram a mobilização e também para esclarecer à sociedade os motivos de nossa paralisação. Diferentes do que aconteceu em anos anteriores, dessa vez, estamos em greve para manter os salários e não para aumentar”, explica Jean Marcel, o secretário-geral do Sintect-SE.

O principal ponto de discordância entre trabalhadores e Correios é o acordo coletivo. “A gente teve uma conquista muito importante que foi o acordo coletivo com vigência de dois anos. Porém, os Correios cassaram a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), através de uma liminar do (Supremo Tribunal Federal (STF), e cessou o nosso acordo no último dia 31 de julho. Desde então, a empresa deixa de cumprir diversas cláusulas importantes, como por exemplo, o vale-alimentação e o auxílio aqueles que tem filhos com deficiência”, destaca.

Entregas

A greve, conforme os Correios, não afeta os serviços. A empresa informou que realizará mutirões de entregas em todo o território nacional e que conforme o plano de contingência, medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, o remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas para garantir o fluxo postal. A expectativa é realizar a entrega de um volume quatro vezes maior de encomendas, nos fins de semanas.

Os Correios destacou também que um levantamento parcial, realizado na manhã desta quinta-feira (20), mostra que mais de 80% dos 99 mil empregados prosseguem trabalhando regularmente. Em Sergipe, a adesão está em 14,4%.

Greve

Os trabalhadores dos Correios entraram em greve em todo o país por tempo indeterminado. O movimento, conforme, os trabalhadores, é contra a retirada de direitos, a privatização da empresa e a negligência com a saúde dos trabalhadores em relação à Covid-19.

De acordo com a categoria, a estatal quer derrubar 70 cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho, com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais.

Os Correios alegam que a diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção sugeridas na proposta da empresa é da ordem de R$ 600 milhões anuais; e que as reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019.

Os Correios dizem ainda que não retiram nenhum direitos dos empregados, mas apenas promovem adequações aos benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado.

Ainda de acordo com os Correios, os vencimentos de todos os empregados também seguem resguardados e os trabalhadores continuam tendo acesso ao benefício Auxílio-creche e aos tíquetes refeição e alimentação, em quantidades adequadas aos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada trabalhador. Estão mantidos ainda, aos empregados das áreas de Distribuição/Coleta, Tratamento e Atendimento, os respectivos adicionais.

 

Por Verlane Estácio 

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