Tráfico: audiência é remarcada para outubro

Audiência mobiliza forte esquema policial (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

A juíza Lidiane Andrade, da 4ª Vara Criminal, deu prosseguimento à audiência de instrução e julgamento nesta quarta-feira, 6, para ouvir nove testemunhas arroladas pela defesa em processo judicial relacionado ao tráfico de drogas, envolvendo uma suposta quadrilha de traficantes composta por 12 réus. Como a defesa de um dos réus insistiu na oitiva de uma testemunha arrolada no processo que justificou a ausência, a audiência foi suspensa e os réus não prestaram depoimento.

A testemunha e os réus serão ouvidos no mês de outubro. Na denúncia apresentada pelo Ministério Público, figuram como réus Adelmo da Silva Costa, Gladston de Campos Andrade Cardoso, Jaelson Campos de Andrade, José Uilton Moura Barreto, Klinger Alves Santos, Manoel Costa Silva, Maria Lourdes de Oliveira Freitas, Nelson Santana de Freitas, Névton de Castro Freitas, Tonigebson Oliveira Freitas, William da Rocha Brito e Áureo Romério da Silva.

Entre os réus, quatro estão presos em Sergipe, há preso também em Rondônia, alguns soltos e outros considerados foragidos com mandados judiciais expedidos pela prisão dos acusados. Estão presos em Sergipe Adelmo da Silva Costa, Jaelson Campos de Andrade, José Uilton Moura Barreto e Manoel Costa Silva. Para transportar estes quatro réus até o Fórum Gumersindo Bessa, onde ocorreu a audiência, foi mobilizado um forte esquema policial, envolvendo o Grupamento Tático de Repressão e Busca  da Polícia Civil (Gerb) e também do Pelotão de Choque da Polícia Militar.

Advogados: negativa de autoria

O acusado William da Rocha Brito será ouvido em Rodônia, onde está preso, pela Comarca de Alvorada D´Oeste, conforme carta precatória expedida pelo juízo de Sergipe. Durante a audiência, o advogado Saulo Henrique Caldas, que atua na defesa dos réus Adelmo Costa e Manoel Costa, solicitou o desmembramento dos processos como forma de acelerar o julgamento dos réus, mas não obteve êxito. A juíza que conduziu a audiência negou o pedido e o processo continua tramitando na 4ª Vara Criminal.

Os advogados Antonio Correia Matos e Saulo Henrique sustentam a tese de negativa de autoria dos clientes e questionam as provas apresentadas pela polícia. Na defesa de Klinger Alves, um funcionário do Tribunal de Justiça, a defesa alega que, embora haja mandado judicial para prendê-lo, o acusado é viciado em drogas e que ele teria sido confundido com traficante devido ao contato dele com a suposta quadrilha para adquirir droga para o consumo própria. A polícia teria interceptado o diálogo dele com um dos traficantes por meio de interceptações telefônicas autorizadas pela justiça. Segundo a defesa, embora considerado foragido da justiça, Klinger está internado em uma clínica de recuperação em outro Estado.

De acordo com as informações contidas no processo, a suposta quadrilha foi desarticulada no ano passado em operação do Departamento de Narcóticos da Polícia Civil de Sergipe (Denarc), que culminou com a prisão em flagrante de quatro suspeitos: Adelmo, José Uilton, Neslon e Néviton Freitas. Na ocasião, segundo os autos, foi apreendida grande quantidade de droga distribuída em dois veículos, um caminhão, e um carro de passeio que seria de propriedade de Adelmo.

Por Cássia Santana

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