O homem envolvido na briga de trânsito e que foi baleado por um policial militar à paisana responderá por crime de tentativa de homicídio. Ele foi preso em flagrante acusado de tentar colocar o carro contra o policial militar e liberado depois de participar de audiência de custódia na tarde desta quarta-feira, 13. De acordo com os autos, Thiago já é condenado em primeira instância, em outro processo judicial, acusado por crime de tráfico de drogas.
Na tarde desta quarta-feria, o juiz plantonista Rômulo Dantas Brandão homologou a prisão em flagrante decorrente da briga de trânsito. Embora condenado por tráfico de drogas, Thiago foi beneficiado para aguardar julgamento da apelação criminal em liberdade e, como não havia mandado de prisão contra ele, o juiz plantonista desta quarta-feira, 13, o colocou em liberdade, mediante medidas cautelares, que não devem ser desrespeitadas até o final do processo judicial, que tramitará em uma das varas criminais de Aracaju.
Pelas medidas cautelares, Thiago Cruz fica obrigado a comparecer mensalmente ao Poder Judiciário para justificar as atividades e manter o endereço atualizado, fica proibido de se ausentar de Aracaju sem autorização judicial, não pode ter contato com o policial militar, que figura no processo judicial como vítima, não deve sair de casa à noite, entre às 18h e às 6h da manhã seguinte, e fica proibido de frequentar bares, boates, casas de shows para evitar o risco de novas infrações.
Tráfico
Essas informações serão enviadas para a 4ª Vara Criminal para ser anexada aos autos relativos ao tráfico de drogas. Em março deste ano, Thiago Cruz foi condenado por tráfico de drogas pelo juízo da 4ª Vara Criminal de Aracaju. No dia 25 de março de 2015, Thiago Cruz foi preso em flagrante acusado de cultivar maconha para fins comerciais. Na época, a polícia apreendeu na residência do acusado seis vasos contendo pés de maconha, um grama de maconha preparada para o consumo, um aparelho supostamente usado para triturar a droga, pacotes de diferentes tipos de fertilizante para cultivar a droga, refletores com reatores, mangueira, lâmpadas e vários potes plásticos vazias, que serviam para a cultura e armazenamento da droga, segundo os autos.
Em juízo, Thiago negou que os produtos encontrados na casa dele seriam utilizados para o tráfico de drogas e que a planta seria para o abastecimento próprio já que ele era usuário da maconha. Os argumentos do acusado não foram convincentes e Thiago acabou condenado a dez anos de reclusão, a ser cumprido em regime fechado, e pagamento de multa no valor de 1,4 mil dias-multa, na proporção de 1/30 do salário mínimo. A sentença foi publicada no dia 12 de março deste ano, na qual o juiz Cláudio Bahia Felicíssimo, concedeu a Thiago Cruz o direito de aguardar em liberdade o julgamento de apelação criminal, que continua em tramitação.
A briga no trânsito
Decorrente da briga no trânsito ocorrida na noite da terça-feira, 12, o auto de prisão em flagrante foi conduzido pela Central de Flagrante da Secretaria de Estado da Segurança Pública. Conforme informações da SSP, os primeiros levantamentos da Polícia Civil indicam que a confusão teria começado no momento em que Thiago, conduzindo um Fox, e teria “trancado” a motocicleta que estava sendo conduzida pelo policial militar [no momento, o PM não estava em serviço].
Mais à frente, conforme a SSP, os dois pararam os respectivos veículos, começaram a conversar e teriam entrado em desentendimento. De acordo com informações da SSP, Thiago Cruz decidiu sair com o veículo, teria derrubado a moto e teria colocado o carro em direção ao policial que sacou a arma, uma pistola de uso particular e legalizada, e disparou o tiro contra o veículo. O projétil acabou atingindo de raspão o ombro de Thiago, condutor do Fox.
A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou assistência à vítima do disparo de arma de fogo no local e a liberou. Thiago foi conduzido para a Central de Flagrantes para os procedimentos legais. No primeiro momento, o coronel Fábio Machado, chefe da PM5 [setor responsável pela comunicação social da PM], informou que o PM teria reagido contra o acusado que estava fazendo manobras arriscadas, conhecidas como “cavalo de pau” na avenida. O Portal Infonet não conseguiu localizar o acusado nem também o advogado que atua na defesa dele e permanece à disposição. Informações podem ser enviadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 – 8000.
por Cassia Santana
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