UFS assegura providências para evitar assaltos no campus (Foto: Arquivo Infonet) |
A Universidade Federal de Sergipe (UFS) garante que já toma providências em relação ao assalto de dois estudantes, dentro de uma sala de aula, que aconteceu na última quinta-feira, 10. A instituição assegura que o caso já foi remetido à Polícia Federal (PF), que já prestou Boletim de Ocorrência e age para obter as imagens de câmeras de segurança.
O chefe de gabinete da reitoria, Marcionilo Lopes Neto, informou que existe uma assessoria especializada em segurança elencando medidas para evitar que casos como estes aconteçam novamente. “A estudante assaltada prestou depoimento à PF. Temos um comitê de segurança que elabora um plano, e chegamos em oito ações com parceiros como Secretaria de Segurança Pública (SSP) e Polícia Militar (PM)”, disse. Dentre as soluções tidas como essenciais, estão a sugestão de câmeras com foco em placas de veículos e mais monitoramento dentro do campus.
Uma delas provoca muitos debates e polêmicas entre a comunidade estudantil e a reitoria: o controle da entrada de pessoas nas dependências da UFS. “Quando sugerimos colocar catracas na entrada para que as pessoas se identifiquem, não encaram com bons olhos. Acham que a Universidade é aberta, universal, e deve ser sem barreiras. Muita gente se manifestou contra. As coisas estão diferentes. Temos furtos aqui dentro, mas a questão é que temos que mostrar que temos condições de fornecer segurança, mas precisa de mais aceitação”.
Marcionilo fala das estratégias elaboradas para conter violência no campus |
Estudantes concederam entrevista, mas preferiram não ter suas identidades reveladas. “Nunca presenciei assaltos aqui, mas sempre ouço relatos. Tem muitos assaltos aqui, com pessoas em grupo. Dizem para evitar de andar sozinha”.
Outra aluna disse que trazer catracas, cobrar identificação e restringir entradas tira a Universidade do seu verdadeiro propósito. “Até o acontecimento de ontem, me sentia segura, pelo menos minimamente, porque estudo pela manhã. Não acho que esse processo vá funcionar, pela quantidade de alunos e também não acho correto, pela exclusão da comunidade que vive ao redor. Querendo ou não, vai haver uma certa segregação”, criticou.
Os relatos apontam que o suspeito de cometer o crime estava com um boné vermelho e uma camisa azul. Sobre a segurança patrimonial, prestada por servidores de uma empresa terceirizada, Marcionilo afirmou que, quando necessário, eles também atendem emergências. “Não é incomum de eles colocarem para fora pessoas com comportamento inadequado. Temos sistema de câmeras que monitora o campus e aciona os vigilantes em demandas específicas que são vistas”.
A PF esteve na UFS depois da ocorrência, de acordo com o chefe de gabinete da reitoria. Nossa equipe procurou a assessoria de Comunicação da Polícia Federal (PF), mas sem sucesso. Estamos à disposição pelo telefone 2106-8000 e e-mail jornalismo@infonet.com.br.
Por Victor Siqueira
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