UFS precisa de adequações para deficientes

Grupo percebeu uma série de irregularidades na instituição
“A Universidade Federal de Sergipe, no quesito acessibilidade para os deficientes físicos, é nota zero”, declarou a presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Maria Gorette de Medeiros, durante visita, na manhã desta quinta-feira, 23, ao campus da UFS em São Cristóvão. Também estiveram presentes na vistoria engenheiros e arquiteta da instituição de ensino e a procuradora Gicelma Santos Nascimento, representando o Ministério Público Federal (MPF).

Uma série de modificações foi sugerida pelos membros do conselho em diversos espaços da universidade. Foi observada a necessidade da construção de rampas de acesso em alguns pontos, bem como a adaptação de outras já existentes. Adequações nos banheiros e instalação de piso tátil (para que os deficientes visuais sintam onde estão pisando) também foram indicadas. Essas modificações devem ocorrer tanto nos prédios antigos, quanto nos recém-inaugurados e nos que estão em construção.

Para a presidente do conselho, projetos não saíram do papel
Segundo Maria Gorette, os engenheiros projetaram as modificações, mas não executaram. “Não existe acessibilidade para deficientes físicos na UFS”, reclama.  A presidente observa também a inexistência de placas em braile que guiem e orientem os deficientes visuais dentro do campus.

O cadeirante Everton de Jesus Vieira aponta outra falha. “Em um dos banheiros, eles construíram uma pia linda, de mármore, em um nível mais alto. Ao lado dessa pia, outra rebaixada para o cadeirante, apenas com uma bacia branca, e um lixeiro embaixo. Isso para mim é descriminação”, declara Everton.

UFS admite a necessidade de adaptações

O fiscal de obras diz que adapações são necessárias
De acordo com o fiscal de obras da UFS, José Antônio, algumas obras analisadas foram projetadas levando em conta a acessibilidade aos deficientes, e os prédios antigos também passarão por transformações. “Nossas obras estão de acordo com a lei de acessibilidade, mas até chegarmos à forma ideal serão necessárias algumas adequações” diz o fiscal.

José Antônio diz, também, que um projeto para a implantação de plataformas está em estudo na Coordenação Geral de Planejamento da UFS. Essas plataformas vão possibilitar que os cadeirantes consigam se deslocar aos andares superiores das didáticas, do restaurante e da reitoria. “Inicialmente implantaremos quatro dessas plataformas”, confirma Antônio.

Boa vontade

A procuradora Gicelma Nascimento disse que a universidade terá 60 dias para realizar as adaptações mais emergenciais. “É inadmissível uma universidade federal não promover a acessibilidade adequada a todos os usurários. No entanto, percebo que a UFS tem a maior boa vontade em se adequar”, assegura a procuradora.

Por Helmo Goes e Glauco Vinícius

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