Dono de uma das colunas mais lidas da imprensa brasileira, publicada diariamente pelo jornal “O Globo”, no seu primeiro caderno, o jornalista Ancelmo Góes, sergipano de Frei Paulo, 58 anos, foi homenageado na noite de ontem, 23, pela Universidade Tiradentes, além de ter pronunciado palestra para os estudantes da Casa, especialmente os de jornalismo, relações públicas, marketing e de história.

O professor Uchôa ressaltou as qualidades morais e intelectuais do homenageado, a quem conheceu ainda nos tempos em que ele era repórter na “Gazeta de Sergipe”, nos anos 60. A mãe do jornalista, d. Neném, 90 anos, e a esposa, Janete, também foram alvos de homenagens da Unit.

O jornalista recebeu de presente da Universidade uma foto sua emoldurada por um quadro de vidro. O jornalista ficou emocionado. O auditório do Teatro Tiradentes estava inteiramente lotado e permaneceu assim até o final da palestra.

Jornalista começou na Imprensa de Aracaju

Em sua conferência, o jornalista Ancelmo Góes contou parte de sua vida passada nas redações de jornais sergipanos, principalmente a “Gazeta de Sergipe”, onde começou como repórter e onde ficou até que teve que sair do Brasil por causa da repressão dos militares. Ao final de 1969 foi para Moscou e só voltou ao Brasil, dois anos depois.

No Rio de Janeiro, ele trabalhou em revistas técnicas, cujos assuntos mal conhecida, mas se familiarizava com eles através de pesquisas, contou. Dirigindo-se aos estudantes de jornalismo, fez questão de ressaltar que, se eles amam a profissão, devem perseverar na procura de uma colocação no mercado de trabalho. “Tenho certeza que há uma cadeira e uma mesa por pequena que seja, esperando por vocês”.

Explicou que hoje o enfoque, no mundo inteiro, é na informação. “Até para ser gari exige-se informação. Portanto, há lugar para jornalista. Só basta perseverar, insistir. Mas, para isso é preciso realmente amar a profissão”. Após a palestra de Ancelmo Góes foi lançado a revista cientifica “Fragmenta”, editada pela Universidade eTiradentes.

Por Ivan Valença