Usinas nucleares é tema de palestra na UFS

Na tarde desta quinta-feira, 12, uma palestra (a última do evento) que integrava o XII Encontro Sergipano de Física, era aguardada com ansiedade pelos presentes na reitoria da Universidade Federal de Sergipe (UFS). “Usina Nuclear de Angra”, proferida pelo superintendente da Área de Combustível Nuclear da Eletronuclear, Dr. Jorge Luiz C. Chapot apresentou “didaticamente” (como ele colocou) todos os aspectos característicos na composição das usinas nucleares.

Perguntado sobre a instalação da usina no município de Canindé do São Francisco, com captacidade de 1000 megawatts, Jorge Chapot comentou sobre os aspectos técnicos da situação. “Primeiro terá que avaliar aspectos sismológicos, geológicos, terá toda uma avaliação. Se olharmos o capítulo 6 da Constituição Brasileira, capítulo referente ao meio ambiente, está explícito que as usinas que operam com reatores nucleares terão sua localização definida em Lei Federal, com isso passa pelo Congresso e automaticamente o povo vai debater se quer ou não”.

Jorge Luiz Chapot
Em parte do discurso, o palestrante defendeu toda forma de operação estratégica dos funcionários. “É como um Bernardinho do Vôlei. Se ganhou um Bi-campeonato segue logo em melhoria no desempenho para um Tri. Atualizam-se nas medidas preventivas. O modelo será novamente analisado. O termo técnico é ‘Oportunidade para Melhoria’”.

O aumento do lixo radioativo depositado na região foi, e é, o ponto mais questionado pelos opositores do surgimento das usinas. Como não existe nenhum tipo de tecnologia capaz de neutralizar os resíduos nucleares, o professor colocou que precisam ser cuidadosamente armazenados para evitar a contaminação do meio ambiente e das pessoas.

“Existem estruturas para armazenagem de resíduos radioativos. Eles serão colocados em grandes profundidades no solo nos repositórios geológicos, à profundidades de 800 metros para mais. Sei que muitos questionam o fato dos resíduos. Mas esse ponto tem que ser preparado de forma educativa para as futuras gerações. Esse método é mais eficiente que os atualmente utilizados. Que são o carvão, o gás e o óleo, que são emissores de CO²”, diz. 

Ele colocou ainda, como ampliação para a discussão entre Governo e população, os impasses que possam ocorrer na instalação de uma usina nuclear, a série de três audiências públicas para apresentar e discutir o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima). A exemplo disto, ocorreu uma destas audiência, referentes à Usina Angra 3, no município de Paraty, Estado do Rio de Janeiro, nos dias 19, 20 e 21 de Junho.

E participaram da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); Luiz Soares, diretor técnico da Eletronuclear; Alexandre Nunes da Costa, biólogo da MRS Estudos Ambientais, empresa consultora responsável pela elaboração do EIA-Rima; e Roberto Corder, geólogo do Ibama.

O segundo encontro com o Chapot será na sexta-feira, 13, quando ele falará sobre ‘Otimização de Recargas de Reatores a Água Pressurizada utilizando Inteligência Artificial’. O evento é aberto à comunidade em geral.


 

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