Venezuelanos chegam a Aracaju com esperança de mudar de vida

A chegada dos imigrantes na capital faz parte de um dos desmembramentos da “Operação Acolhida”, coordenada pelo Ministério da Defesa, através da Marinha (Foto: Portal Infonet)

Algumas famílias de venezuelanos chegaram no início da tarde desta segunda-feira, 08, a Aracaju trazendo consigo inúmeros desejos, principalmente o de mudar de vida. Eles vieram de Boa Vista, Roraima, transportados pelo avião da Força Aérea Brasileira (FAB). A chegada dos imigrantes na capital faz parte de um dos desmembramentos da “Operação Acolhida”, coordenada pelo Ministério da Defesa, através da Marinha, que visa integrar os refugiados em algumas cidades brasileiras.

As famílias foram recepcionadas no pátio da Capitania dos Portos, zona sul da capital. Os marinheiros doaram mais de uma tonelada de alimentos para que os venezuelanos possam se manter durante o tempo em que procurarem por emprego. “Eles estão fugindo da situação política e econômica da Venezuela”, destaca capitão Black. Segundo ele, essa ação visa interiorizar os refugiados a fim de propiciar uma melhor acomodação e inserção na sociedade sergipana.

O casal Jaime Iassolo e Émile Maria Viva dizem que a situação atual da Venezuela não é favorável para se ter uma boa condição de vida (Foto: Portal Infonet)

O casal Jaime Iassolo e Émile Maria Viva dizem que a situação atual da Venezuela não é favorável para se ter uma boa condição de vida. Pais de três filhos, eles têm esperança que em terras brasileiras haja oportunidades de reconstruir à vida. “Com a crise da Venezuela não tem como eu criar meus filhos”, lamenta Jaime. Ele conta ainda que há familiares que não puderam vir e que estão passando muitas dificuldades em Caracas, capital venezuelana. “Minha mãe vive na capital. Ela me diz que há mais de vinte dias está sem luz e sem água. É uma situação muito difícil. Muito triste”, completa Jaime.

Émile Viva, por sua vez, diz que na Venezuela a alimentação é precária pela falta de alimentos nas prateleiras e gondolas de supermercado. “Não tem como uma pessoa ficar lá. Alimentação e transporte são coisas muito difíceis”, diz. “Aqui no Brasil nós esperamos pouco a pouco mudar de vida. Ser feliz”, avalia.

por João Paulo Schneider

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