Vídeo, ligação, carta: pandemia muda contato entre presos e família

Três presídios já adotaram comunicação virtual em Sergipe (Foto: Sejuc)

Assim que a crise provocada pela Covid-19 eclodiu, no Brasil, as primeiras medidas preventivas adotadas em todo o País incluíram a suspensão das visitas nos presídios. O objetivo é que o vírus não chegue a esse tipo de local de confinamento, já que há grande risco de contágio entre os presos. A notícia não caiu bem para grupos de detentos. Em alguns locais do Brasil e em Sergipe, alguns motins foram registrados.

Aproximadamente um mês após a suspensão das visitas, os detentos vão se adaptando a uma nova rotina de contato com seus familiares. Em Sergipe, três presídios adotaram o modelo de videochamada para manter o contato dos presos com suas famílias. No Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), no Santa Maria, e nas cadeias públicas de Estância e Areia Branca, familiares e presos podem agendar horários para realizar a videochamada. Cada uma dura, em média, entre 5 e 10 minutos. Só na Cadeia Pública de Estância, 180 presos têm famílias cadastradas para manter o contato por videochamada.

As videochamadas foram adotadas após autorização da Justiça, em Sergipe. O juiz responsável pela permissão, inclusive, recomendou a ampliação do serviço para os demais presídios – o que ainda não ocorreu. Os demais presídios sergipanos têm utilizado outros meios para que presos e familiares tenham contato: ligações telefônicas e cartas, por meio de correio eletrônico.

Nesse formato, as famílias podem enviar fotos das cartas para o setor de assistência social do presídio e, após passar pelo crivo das assistentes sociais, as cartas são impressas e entregues aos internos.

Nesta semana, a Defensoria Pública de Sergipe expediu recomendação para que a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc) amplie o modelo de comunicação virtual para todos os presídios sergipanos. A assessoria de imprensa da Sejuc informou que tem ampliado aos poucos, de acordo com a capacidade de cada unidade prisional.

Por Ícaro Novaes

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