Vigilantes voltam a discutir condições de trabalho

Vigilantes pedem melhores condições de trabalho (Fotos: Portal Infonet)

Os vigilantes de empresas privadas estiveram reunidos na manhã esta terça-feira, 02, para discutir mais uma vez as condições de trabalho, salários e a nova diretoria do Sindicato dos Vigilantes de Sergipe. A categoria questiona dos patrões o descaso quanto a falta de recursos que auxiliam o profissional na segurança do patrimônio.

Para um dos diretores do Sindicato, José Willian Mota, os vigilantes são alvos fáceis para os bandidos, já que trabalham sem os equipamentos adequados de proteção. “Os coletes, apesar de estarem na validade, são velhos devido ao tempo de uso. As armas são enferrujadas e as guaritas são confundidas pelos patrões como portaria. Por isso, muitos colegas são baleados e assassinados durante o serviço”, reclama Mota.

Em menos de 15 dias, 5 seguranças foram atacados enquanto trabalhavam. Um caso de grande repercussão ocorreu no último dia 04 de março, quando o vigilante Jeferson Marcos Freire de Paiva, 39 anos, foi morto a tiros, 2, quando fazia a vigilância do prédio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), no bairro Capucho.

José Willian “Estes e outros muitos casos de ataques aos nossos colegas são constantes"

Já no dia 21 de março, mais um vigilante foi assassinado em Aracaju. O crime aconteceu por volta de 1h dentro de um galpão localizado nas proximidades da Central de Abastecimento (Ceasa), no bairro Getúlio Vargas. O vigilante Renato de Souza Araujo, 68, atuava como segurança de um conhecido restaurante localizado na pracinha da Ceasa. “Estes e outros muitos casos de ataques aos nossos colegas são constantes. Ontem um colega levou um tiro na perna, porque os bandidos queriam levar a arma, mas ela não existia. Enfim esses são sacos que não podem passar em branco. As empresas têm que garantir boas condições de trabalho”, pede José Willian.

MPT

No último dia 26 de março, o Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT/SE) ajuizou uma ação civil pública para que as empresas privadas de segurança e vigilância de Sergipe denunciadas  paguem imediatamente o adicional de periculosidade aos vigilantes contratados.

“A ação, assinada por três procuradores do MPT-SE, prevê o pagamento dos 30% do adicional de periculosidade, a inclusão definitiva na folha de pagamento e contracheque dos trabalhadores, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00 reais. Desde 2012, uma mudança na legislação trabalhista determinou que é obrigatório o pagamento de adicional de periculosidade aos profissionais da área de segurança pessoal e patrimonial, por estarem expostos a roubos e outros tipos de violência, o que coloca em risco a vida do trabalhador” (Sic).

A reportagem do Portal Infonet tentou ouvir o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança, Transporte de Valores e Formação de Vigilantes em Sergipe (Sindesp/SE), Marco Aurélio Pinheiro, mas não obteve êxito. O Portal está disponível caso o mesmo queira se manifestar, através do 21068000 ou jornalismo@infonet.com.br

Por Eliene Andrade

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