Voluntários continuam se mobilizando para limpar praias em Aracaju

Voluntário envolvidos em movimento sociais ou por iniciativa própria se movimenta para limpar praias ( Foto: Arquivo Portal Infonet)

Em equipes, incentivados por algum movimento social ou por iniciativa própria, os sergipanos continuam mobilizados agindo voluntariamente para limpar as praias de Aracaju, que continuam afetadas pela substância oleosa de origem desconhecida que se espalha pela região litorânea do Nordeste. O número de voluntários é desconhecido, mas diariamente percebe-se a mobilização de pessoas que, individualmente, se concentram nos locais mais afetados em Aracaju, especialmente na Praia dos Artistas, na Cinelândia e Aruana.

O ativista Flávio Marcel, da Frente Socioambiental Sergipana, relata que “não há como precisar o número de pessoas mobilizadas”. Há uma articulação através de redes sociais, conforme revelou, e as pessoas vão se organizando de forma aleatória. Mas a Frente Socioambiental vem tentando desenvolver um diálogo com as pessoas voluntárias, observando os cuidados que devem ser tomados para evitar maiores danos à saúde das pessoas e até ao próprio meio ambiente.

Coletas

Flávio Marcel adverte que as pessoas não devem esquecer os equipamentos de proteção individual, como luvas e botas apropriadas e até mesmo máscaras para evitar contato com a substância oleosa. “Não se sabe o grau de toxidade dessa substância”, diz. É fundamental, conforme Marcel, que as pessoas também usem pás para fazer a coleta, evitando ao máximo incluir areia ao produto coletado.

A Frente Socioambiental foi criada em um momento anterior, articulando ações em defesa da preservação da Amazônia, contra aos incêndios que devastam parte daquela área no Norte brasileiro. Com o derramamento do óleo desconhecido nas praias do Nordeste, a Frente ampliou a atuação para a limpeza da faixa litorânea atingida.

Em Sergipe, conforme dados da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), há uma faixa com extensão de 163 quilômetros afetada pela substância oleosa. Já foram coletados 895 toneladas do material, que ainda tem origem desconhecida, segundo o diretor-presidente da Adema, Gilvan Dias.

O produto recolhido nas praias, cuja atuação conta também com o pessoal do Exército, da Prefeitura de Aracaju, de outros órgãos públicos da administração estadual e da Petrobras, está sendo armazenado do Alto de Jericó, uma espécie de depósito mantida pela Petrobras em Carmópolis. Há estudos em andamento para que esse produto seja utilizado como fonte de combustível para a produção de cimento.

por Cassia Santana

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