Voluntários fazem limpeza da praia e mobilizam população

Voluntários fizeram a limpeza da praia da Cinelândia (Foto: Portal Infonet)

Integrantes da Frente Socioambiental Sergipana estão mobilizados fazendo a limpeza da Praia da Cinelândia durante a manhã deste sábado, 19. Os voluntários se concentraram por volta das 8h30 próximo a Passarela do Caranguejo e seguiram pela praia. Munidos de luvas, pás e boa vontade, os integrantes recolheram fragmentos de óleo da areia e conversaram com a população.

Flávio Marcel, integrante da Frente Socioambiental Sergipana, mobiliza a população (Foto: Portal Infonet)

“ Nossa intenção, além de colaborar com o meio ambiente, é mobilizar a população a cobrar do poder público medidas efetivas. As manchas de óleo apareceram no litoral nordestino desde o final de agosto, chegou a Sergipe no final de setembro e até agora não sabe quem é o responsável por esse crime ambiental. Sabendo que o óleo chegaria aqui, não protegeram os rios. A sociedade precisa cobrar que os Governos Federal e Estadual se organizem e resolvam esse problema”, afirma Flávio Marcel, integrante da Frente.

Flávio lembra que o plano de contingência, que deveria ser colocado em prática em situações como essa, ainda não está sendo executado, e que todas as medidas só estão sendo realizadas através de ações do Ministério Público Federal (MPF). “Enquanto não tinham ações, nada estava sendo feito. O plano de contingência existe e não se coloca em prática. As questões ambientais precisam ser levadas a sério”, aponta.

Manchas de óleo não param de chegar as praias sergipanas (Foto: Portal Infonet)

Tratativas estão em andamento para que uma audiência pública aconteça no dia 29 de outubro na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), e na Ordem dos Advogados do Brasil no dia 25. “Estamos conversando com deputados e audiência será no dia 29, às 14h, para discutir os impactos ambientais e cobrar efetivação nas ações e responsabilização dos culpados. A audiência na OAB ainda não está definida, mas se ocorrer será focada nas comunidades tradicionais. Estamos também conversando na Universidade Federal de Sergipe (UFS) para que ocorra uma unificação dos trabalhos entre as universidades do Nordeste, para que dessa forma possamos ser sujeito ativo e ter acesso direto as informações junto aos ambientalistas e pesquisadores”, adianta Marcel.

Por Karla Pinheiro

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