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Grupo sergipano de choro Brasileiríssimos (Foto: Victor Lima) |
Criado em 2012 com a proposta de trazer um novo olhar sobre o Choro no Estado, o grupo sergipano Brasileiríssimos é a atração de abertura do show de lançamento do CD “Ouro e Prata” da dupla Zé da Velha e Silvério Pontes. Formado por Ricardo Vieira (violão de 7 cordas), Maiume Vieira (voz), Everson Vieira (violão), Fernando Freitas (bandolim), Felipe Freitas (clarinete) e Felipe Lima (pandeiro), o grupo divide, pela segunda vez, o palco com a dupla que comemora 25 anos de união. Os shows acontecem neste domingo, 29 de setembro, a partir das 20h, no Teatro Atheneu.
O resgate do choro cantando está entre as características mais marcantes do grupo que apesar do pouco tempo de formação, já participou do XVIII Encontro Cultural de Laranjeiras, Circuito SESC de Música (2013) e Festival Aperipê de Música. O “Brasileiríssimos” também já realizou um concerto ao lado da Orquestra Sinfônica de Sergipe, momento marcado pelo ineditismo da fusão entre os universos Erudito e o Choro na Capital Sergipana. O papel do grupo no resgate do choro conta ainda com o programa de rádio “Choros e Cancções”, veiculado na Aperipê com direção de Alex Santana e apresentação de Ricardo Gama.
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Zé da Velha e Silvério Pontes lançarão o CD "Ouro e Prata" |
Confira trechos da entrevista do Portal Infonet com o músico Ricardo Vieira.
Portal Infonet – Como o grupo foi formado?
Ricardo Vieira – O grupo foi formado em 2012, quando constatei que havia uma lacuna no que se refere ao resgate e cultura do Choro em Sergipe, principalmente no que tange a elaboração de novos arranjos para os grandes clássicos do Choro, bem como a composição de peças modernas sob a influência dos grandes mestres e de sua experiência musical. Eu e minha esposa convidamos os amigos e constituímos o “Brasileiríssimos”, nome dado por ela.
Infonet – O repertório é totalmente autoral? As letras das músicas falam de quê?
RV – O repertório é composto pelos grandes clássicos dos gigantes compositores deste gênero que é o primeiro e principal genuinamente brasileiro. Portanto, peças de Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Jacob do bandolim dentre outros compõe o repertório do grupo. Vale ressaltar que todos os arranjos são autorais elaborados por mim, o que também contribui para formação da identidade do Brasileiríssimo. As peças autorais também compõem o nosso repertório, dentre elas, Maxichorando, Livre Prá Chorar e Cabeça de Bacalhau.
Infonet – Vocês têm influências de grandes nomes do ritmo?
RV – Sim. Principalmente, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Luiz Gonzaga, dentre outros.
Infonet – O que prepararam para o show do domingo, 29?
RV – Uma grande noite em tributo aos mestres Zé da Velha e Silvério Pontes, que estão lançando o CD Ouro e Prata em comemoração aos 50 anos de música do aracajuano Zé da Velha e dos 25 anos de dupla com o genial Silvério Pontes. Portanto, no repertório da noite teremos grandes obras que marcaram a estrada destes grandes ícones da música instrumental brasileira.
Infonet – É a segunda vez que vocês dividem o palco com a dupla Zé da Velha e Silvério Pontes. Como é essa experiência?
RV – Mais uma grande realização profissional. Se dividir o palco com aqueles que fazem parte das nossas influências musicais foi uma grande experiência, ter este privilégio novamente, e principalmente neste momento especial da carreira da dupla, constitui imensurável alegria.