Cidade Morta
que vaza
Cidade concreta
sem asas
amontoado de seres
doce ilusão
dos rostos sem graça
Veloz
Vil
Vária
Vultuosa
Vertiginosa
Claustro dos homens que a tornam
city
cité
Canaã dos homens abrasados em fé
Caos de corpos
da cal
da belicosa humanidade
Dos automóveis e
dos imóveis
Que se afoga nos fluidos
vertentes dos seus poros
Estes tão indiferentes
à sua asfixia angustiante
do dia-a-dia.
Por Gustavo Aragão
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Este poema foi escrito em homenagem à cidade de São Paulo.