Clube do Samba traz Magary Lord e Samba D’Ju

(Fotos: Portal Infonet)

O Clube do Samba está em sua oitava edição e traz para Aracaju no dia 9 de março, a partir das 9h, na Mansão Zilah Albuquerque, as bandas Samba D’Ju, Thiago Corrêa, Magary Lord e Solamento.

Cantor revelação do carnaval baiano, Magary Lord vai trazer o Black Semba para Sergipe. Músicas como ‘Inventando Moda’, além de ‘Circulou’ de sua autoria, juntamente com Fábio Alcântara e Leonardo Reis, e que já é uma das mais executadas nas rádios de todo o país, na interpretação da Banda Eva.

A banda Samba D’Ju também é considerada por muitos como a grande novidade do samba baiano e promete trazer um repertório variado e cheio de grandes sucessos para o Clube do Samba.

Com um novo repertório, a banda de samba sergipana Solamento também é presença garantida no dia 9 de março. A Solamento participa pela quarta vez consecutiva da festa mais vip da cidade. No Clube também tem espaço para Thiago Corrêa, que inova o estilo samba-rock dos anos 60 e tem seu trabalho reconhecido internacionalmente.

Magary Lord foi considerado o cantor revelação do Carnaval de Salvador

A equipe do Portal Infonet conversou com o cantor Margary Lord e com o ‘Samba D’Ju’. Confira as entrevistas.

Magary Lord

Portal Infonet- É a primeira vez em Sergipe?

Magary Lord– Primeira vez em Sergipe para trazer o Black Semba, mas já estive aqui para visitar as praias e comer o pastel de caranguejo. Eu estou muito feliz de estar aqui e poder trazer a minha música para a galera toda curtir e trazer muita diversão e alegria para a rapaziada.

Infonet- O que é o Black Semba?

M.L– O Semba representa o pai do samba, então o Semba é um ritmo mais antigo dos escravos que chegaram ao Brasil e misturaram a coisa da Black Music com o Semba de Angola que é um ritmo altamente dançante. O Semba significa umbigada na língua dos escravos que originou o samba.

Infonet- Você foi considerado o cantor revelação do carnaval Baiano 2012. Como foi para você receber esse prêmio?

Samba d'Ju

M.L– Nesse carnaval tivemos uma visibilidade maior para o nosso trabalho que já vem ao longo de dez anos em Salvador, tocando nos guetos, nas ruas, nos becos e nas vielas. A gente veio com uma música, uma mensagem nova, falando de amor, do cotidiano que acontece com todo mundo e reforçando pelas beiradas. Nesse Carnaval a gente puxou três trios elétricos e mais dois trios independentes, onde a nossa música ganhou uma força. Esse carnaval foi um dos melhores carnavais da minha vida, inclusive pela música circulou que a banda Eva gravou e eu tive esse prazer de Saulo ter gravado na voz dele.

Infonet- Quando será lançado o seu DVD gravado no Teatro Vila Velha em Salvador?

M.L– Esse DVD é um registro do que a gente gravou no Vila Velha, um teatro em Salvador onde passaram grandes artistas. A gente colocou uma prévia do DVD Inventando Moda no youtube e é um sucesso. A gente ainda não lançou em primeira mão, mas os piratas lançaram em Salvador (risos). A gente estará lançando oficialmente no final de abril.

Infonet- Qual o segredo de tanto sucesso?

M.L– É acreditar na união, é misturar, pesquisar, respeitar, criar e outras coisas mais. O sucesso só vem a partir do momento que você realmente merece. Então quando o sucesso chega é porque você merece, embora tenha pessoas que não fiquem satisfeitas, você acreditou naquilo e tem que continuar acreditando e dando sustentabilidade para ter um resultado ainda maior pela frente, é o que a gente está fazendo. A gente está feliz porque está agradando, hoje a gente tem a oportunidade de está aqui em Aracaju participando com o Samba D’Ju nesse evento maravilhoso que é o Clube do Samba, que tem tudo a ver com a gente. A gente está feliz de poder cada vez mais com aquele chinelinho da humildade poder chegar e levar a nossa música para o mundo.

Infonet- O que o público sergipano pode esperar no Clube do Samba?

M.L– A galera vai esperar o grito de guerra que vai aprender lá logo de cara que é o ‘Yeba’, ‘Yeba’, ‘Yeba’, a partir daí é o joelho pra dentro, joelho pra fora, é inventando moda. Vai ter ‘Circulou’, vai ter o ‘Maxixe’ e o ‘Samba de bordão’. A gente faz uma festa, uma farra, e o mais importante é a festa que vamos promover junto com o Samba D’Ju. É a interação com o público, onde ele pode se manifestar e dançar do seu jeito. A gente não tem coreografia.

Samba D’Ju

Portal Infonet- É a primeira vez da banda em Sergipe?

Ju Moraes– Já estamos aqui pela quinta ou oitava vez. A gente fez ano passado uma temporada de dois meses aqui e agora a gente está de volta ao Clube do Samba. O Samba D’ju já virou parceira de Aracaju, acho o lugar incrível, gostoso de conviver, de estar junto e com certeza estar no Clube do Samba vai ser uma delícia.

Infonet- Como é levar o samba para a Terra do Axé?

J. M– É uma delícia, porque muita coisa nasceu na Bahia, o samba é da Bahia. Eu costumo dizer que a gente não faz só samba, mas música baiana em primeiro lugar. O samba é a nossa escola, onde a gente vive, onde o ritmo da gente se mistura, o samba com tudo dentro.

Infonet- Como está a agenda de shows?

J. M– A gente acabou de vir de um carnaval muito bom, nosso primeiro carnaval, apesar de a banda estar completando ainda três anos. A gente ainda é um filhotinho, amadurecendo muito o trabalho e agora a gente vai começar a preparar o nosso CD, vão começar os novos ensaios que nunca param.

Infonet- Para criar o repertório, o grupo se inspira em quais cantores?

J. M– Eu sou apaixonada por Carlinhos Brow e Caetano Veloso, que são os grandes mestres da música, são pessoas que eu escuto, eu ouço, sempre em primeiro lugar, mas de samba que eu amo é Clara Nunes, acho que toda a mulher que canta hoje, independente do samba, tem uma influência de Clara Nunes muito forte. Marisa Monte, Elis Regina e Maria Rita que eu adoro, muitas cantoras baianas como Ivete, Daniela Mercury, Margareth Menezes também. Se vocês ouvirem a nossa música ao vivo, vocês vão ver que são muito misturados, eu sou um liquidificador ambulante, misturo tudo e gosto muito do que a gente faz. Uma mistura de samba com música baiana.

Infonet – E o público sergipano, o que pode esperar para o dia 9?

J.M- Muito samba, muito ‘Semba’, muita música e acho que o principal, o tesão de estar no palco, que a gente não vai perder nunca. O amor ao trabalho que a gente faz e ao público que está ali para escutar e com certeza dividir isso com a gente, porque a gente nunca está sozinha, sempre está com o público né. Trocar essa energia boa que a gente vai fazer com certeza amanhã. O Clube do Samba promete.

Por Aisla Vasconcelos

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