A tradicional confecção de tapetes para o feriado de Corpus Christi precisou se adaptar ao cenário da pandemia causada pelo novo coronavírus. Tanto a celebração da missa quanto a produção dos tapetes foram modificadas e contarão com a presença dos fieis apenas de forma remota, transmitidas virtualmente no canal da paróquia.
Cinco tapetes pequenos serão confeccionados antes da missa com a sobra dos materiais do ano passado. Eles serão expostos em frente às igrejas. A celebração ocorre sem a presença da comunidade e antecede a procissão com a presença do Santíssimo, no percurso que será realizado somente pelo padre.
Responsável pela confecção dos tapetes há mais de dez anos, Vânia Correia reforça a importância de manter a tradição viva, mesmo sendo preciso passar por algumas adaptações. “Nesse momento tão difícil, tudo está sendo feito na base do amor e da fé, pois acreditamos que essa é uma das procissões mais importantes da igreja católica”, afirma.
Tradição católica
A procissão costuma ser acompanhada por multidões de fiéis católicos no mundo inteiro e principalmente nas cidades históricas, como acontece anualmente em São Cristóvão. Originária de Portugal, a confecção dos tapetes foi logo trazida ao Brasil pelos colonizadores e se mantém firme nas principais ruas do centro histórico de cada cidade.
Na quarta cidade mais antiga do país, todos os anos, as ruas são enfeitadas com grandes tapetes produzidos pela comunidade local, que inicia a produção no dia anterior e continua até o fim da manhã do dia seguinte.
O percurso da procissão chega à 1.200 metros, montados com materiais, como pó xadrez colorido, maravalha de madeira, sal grosso, tintas e borras de café.
por Juliana Melo e Verlane Estácio
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