Espetáculo retrata a violência contra a mulher

(Foto: Arquivo Portal Infonet)

No dia Internacional do Homem, 19 de Julho, às 19h30, no Teatro Atheneu, a Espaço Liso Cia. De Dança em parceria com o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente apresenta o seu mais novo espetáculo intitulado "Dolorir" com coreografia e direção de Ewertton Nunes.

A data pouco conhecida é, segundo o diretor do espetáculo, ideal para continuar enfrentando a violência contra a mulher. "DOLORIR” retrata a história de quatro mulheres ameaçadas de morte pelos seus agressores que são encaminhadas a uma casa de proteção. Um lugar anônimo onde elas permanecerão até estarem prontas para recomeçarem as suas vidas em um contexto totalmente renovado. As personagens sofreram grandes traumas em decorrência da violência vivida, cicatrizes psicológicas e físicas que vão sendo desveladas no decorrer do espetáculo.

A medida que vão dando voz a toda dor e medo, começam a colorir esse sofrimento, vislumbrando ao final, possibilidades para seguir em frente. “O processo de concepção deu-se de forma colaborativa através das redes sociais, numa troca com o público. Dessa forma, além de criar uma obra que dialogue com o público a que ela se destina, é possível ampliar a rede de discussão sobre o tema em questão e trabalhar a consciência coletiva acerca da importância da denúncia”, fala Ewertton Nunes.

Para o diretor e coreógrafo, “Dolorir” tem o objetivo de se somar aos movimentos sociais de enfrentamento a essa “doença social” que é a violência contra a mulher.  Em Sergipe, segundo a Delegacia de Grupos Vulneráveis-DAGV, entre os meses de Janeiro e Fevereiro, cem casos de violência contra a mulher foram registrados pelas delegacias especializadas, ou seja, todo dia pelo menos uma mulher foi vítima de agressão. E de acordo com os dados divulgados pelo Disque Direitos Humanos, o Disque 100, nos quatro primeiros meses de 2012, as denúncias envolvendo a violência contra crianças e adolescente, foi de 34.142, sendo que oito de cada dez vítimas são meninas.

O Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Danival Falcão, diz que é preciso cada vez mais trabalhar a temática da violência contra a mulher para impedir a violência contra a criança. “Prevenir a violência contra a mulher é fortalecer o núcleo familiar. Quando uma mulher sofre agressão, todos em casa se tornam vítimas dessa violência, principalmente crianças e adolescentes. A mãe é o alicerce da família, muitas vezes, faz dupla jornada trabalhando fora e dentro de casa. A ela deve ser ofertado todo cuidado, atenção e o apoio da sociedade e do Estado. Enfrentar a violência contra a mulher é romper com o ciclo ou a reprodução de violência no seio familiar. Nas famílias onde as mulheres sofrem violências, a probabilidade de meninas serem vítimas é bem maior”, destaca Falcão.

Com informações do CEDCA/SE

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