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Carros estão impedidos de trafegar na ladeira Porto da Banca (Fotos: Portal Infonet) |
Mesmo após denúncias realizadas pelos moradores de duas ladeiras tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), na cidade de São Cristovão, as condições das ladeiras do Porto da Banca e do Açougue continuam a indignar os são cristovenses.
O morador da ladeira do Porto da Banca, Rui Bispo, conta que a rua está intransitável para automóveis. “Aqui não passa nem carro. Tem um buraco enorme no meio da ladeira. Ademais, quando vamos fazer alguma reforma na calçada somos proibidos pelo IPHAN”, conta.
Sobre o IPHAN, Rui Bispo afirma que nenhum funcionário do instituto veio falar com os moradores acerca dos problemas enfrentados. “Só eu dei duas entrevistas para os jornais. Já denunciamos ao Ministério Público e até agora nada. Ninguém do IPHAN veio aqui para nos comunicar o que será feito”, acrescenta.
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José Raimundo mostra buraco na ladeira Porto da Banca |
O morador da Ladeira do Açougue, José Raimundo Santos, também está descontente com a situação de sua rua. “Tem um esgoto a céu aberto no final da ladeira. Foi um serviço mal feito que o IPHAN fez aqui. Uma ladeira tombada não pode ficar à toa”, afirma.
IPHAN
Conforme a superintendente do IPHAN em Sergipe, Therezinha Oliva, a conservação das ladeiras é de responsabilidade municipal. “O tombamento das ladeiras foi realizado em acordo com o governo estadual e foi entregue ao município de São Cristovão”, afirma.
“Existe o Fundo de Preservação do Patrimônio Histórico de São Cristóvão (FUNPATRI) que foi criado justamente para ser utilizado para preservar as ladeiras”, acrescenta.
Prefeitura
A assessoria de comunicação da prefeitura de São Cristóvão entrou em contato com o Portal Infonet e esclareceu que em relação a ladeira do Açougue o Iphan realizou recentemente uma reforma no local e por isso, a empresa contratada para realizar o serviço pode realizar os reparos.
Sobre a ladeira do Porto da Banca, a assessora reforça o interesse da prefeitura em resolver o problema, mas aguarda a solicitação já enviada ao Iphan para realizar a obra. A assessoria diz ainda que o Iphan precisa liberar a lista de material que pode ser usado nessa reforma.
* A matéria foi alterada às 13h36 para acréscimo de informações da prefeitura
Por Geilson Gomes e Kátia Susanna