Lula Ribeiro: sergipano em qualquer parte do mundo

Sergipano em qualquer parte do mundo, Lula Ribeiro é daqueles que nasceu para cantar. Sua música, que arrebenta as fronteiras do Estado, é poesia que encanta gregos e troianos. Em entrevista anterior à equipe de jornalismo da InfoNet, uma confissão: quando garoto, roubava frutas em um sítio perto da Praça da Bandeira. Hoje o músico lota o Canecão, no Rio de Janeiro, com seus shows, graças ao seu suado trabalho e ao seu eterno amor à arte musical. Sergipe Cultural – Novo CD à vista… Qual o nome e quando sairá sua nova obra? Lula Ribeiro – Esse CD ainda não tem título, mas possivelmente se chame “Algum Alguém”. É provável que o lançamento aconteça em abril de 2002, no Rio de Janeiro, em Aracaju e em outras capitais. Ele tem 10 músicas minhas, uma delas em homenagem a cidade de Aracaju, em parceria com Chico Pires; uma de Gilberto Gil; além de uma que estou pesquisando. SC – Qual a identidade desse CD? LR – Ele reafirma minha sergipanidade, pois adoro essa terra. Será a primeira vez que canto Aracaju e com muito prazer. Nunca havia cantado minha terra porque a sentia como um lugar meio ingrato, que não valoriza o artista sergipano. Hoje estou mais resolvido, pois como é difícil mudar a cidade, percebi que precisava mudar algo dentro de mim, para só então poder cantar Aracaju de uma forma mais relaxada. SC – Qual a música que mais te toca nesse novo trabalho? A carro-chefe, digamos assim. LR – Sem dúvida é a faixa “Milagre”, pois ela tem uma boa levada, um arranjo muito alto astral. É uma música radiofônica, que tem uma letra interessante. Na verdade é a que traz uma ressonância de todo o trabalho. Se todas as outras músicas tiverem a mesma energia dessa, o CD sairá muito legal. “Te amo Aracaju” é uma música que também gosto muito, mas ela não é tão universal como “Milagre”, pois fala de uma cidade e, provavelmente, será mais tocada por aqui. SC – Para você, o que uma música precisa ter para ser considerada de qualidade? LR – Para ser completa ela precisa unir melodia e letra. Ela tem que nascer de uma forma bem homogênea. Ela deve conter algo que chegue bem às pessoas, que tenha uma preocupação com a poesia. Infelizmente, hoje em dia, isso é deixado meio de lado por alguns cantores e compositores. Homogeneidade é tudo dentro da música. SC – Como é seu trabalho de composição? Como surge a inspiração? LR – É bem complicado, pois sou muito criterioso e cuidadoso. Tenho uma dificuldade enorme… Sempre penso que aquela será a última música que componho, mas até agora tenho tido um bom resultado, e sigo compondo. Acesse www.lularibeiro.com.br Por Waneska Cipriano

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