Morre, aos 91 anos, o cantor Josa, o ‘Vaqueiro do Sertão’

Segundo uma de suas filhas, o artista faleceu dormindo (Foto: arquivo/ Portal Infonet)

Morreu na manhã desta terça-feira, 10, aos 91 anos, o cantor e sanfoneiro José Gregório Ribeiro, conhecido carinhosamente como ‘Josa, o Vaqueiro do Sertão’. Segundo uma de suas filhas, o artista faleceu dormindo. Detalhes sobre o velório e sepultamento ainda serão divulgados.

“Meu pai partiu igual a minha mãe: dormindo como um anjo”, diz emocionada a filha Joseane de Josa. Ela explica que há mais de 10 anos o pai lutava contra o Alzheimer. “Infelizmente além dessa doença o meu pai também enfrentava dificuldades após um AVC que ele teve em 2004. Hoje ele descansou”, lamenta.

Carreira 

De origem humilde e do interior de Sergipe, o filho de lavradores do Povoado Jacaré, em Simão Dias, município distante 100 km de Aracaju, se tornaria em pouco tempo, uma das grandes referências da música popular nordestina. Autor de mais de 300 composições no forró, Josa fez questão de retratar toda a realidade vivenciada em suas composições.

O primeiro disco do sergipano foi um compacto simples, “Fazendo Zabumba”, que contou com a participação de Luiz Gonzaga. O forrozeiro gravou ainda um disco duplo; dois LP’s com 12 músicas cada, além de realizar várias participações em coletâneas no Estado de Sergipe.

No auge de sua carreira musical, ele fez várias turnês e chegou a se apresentar no programa de Abelardo Barbosa, o “Chacrinha”, no Rio de Janeiro/RJ. Josa também teve suas composições regravadas por cantores respeitados no forró, a exemplo de Clemilda, Alcimar Monterio, Mestre Zinho do Acordeon, Erivaldo de Carira, Zé Américo, Jailson do Acordeon, dentre outros.

Documentário

Em maio do ano passado, o roteirista Dida Araújo desenvolveu um documentário intitulado ‘O Vaqueiro do Sertão‘, a fim de contar a trajetória desse grande artista sergipano. À época, Dida explicou ao Portal que a obra foi uma das formas de homenageá-lo pelos 90 anos que estava prestes a completar.

“É uma forma de agradecê-lo pela contribuição que ele deu para a cultura sergipana. Foi um homem que amou o sertão”, disse o roteirista. “O mais lindo é que grandes nomes da nossa cultura se inspiram nele. Ele demonstrou que o orgulho de ser nordestino, sergipano, tem que está dentro da gente”, acrescentou.

por João Paulo Schneider 

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