Músico ainda não recuperou trompa furtada

Instrumento custou cerca de R$ 20 mil, segundo o músico (Foto: Arquivo Pessoal)

O músico Denisson Santos que faz parte do quadro da Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE) ainda não conseguiu recuperar o instrumento de trabalho furtado há quase dois meses. A trompa foi levada de dentro do carro dele no dia 18 de março, na frente da sede do Departamento de Trânsito de Sergipe (Detran), na Avenida Tancredo Neves.

O trompista diz que desde então não obteve qualquer pista que o levasse ao instrumento, embora ele tenha suspeitas de um homem que, junto a outra pessoa, se passava por flanelinha na época do furto. “Desde esse dia os dois sumiram. O suspeito, quando me viu, uma vez, saiu correndo, o que me leva a crer que tenha sido ele”, revela o músico, que desde então empreendeu uma investigação particular para tentar desvendar o crime.

“Já são dois meses. Se a polícia quisesse descobrir já teria descoberto [quem furtou]”, critica. Ele revela, ainda, que quando houve o furto a trompa havia sido comprada há 15 dias. O instrumento não é fabricado no Brasil e custou cerca de R$ 20 mil. “Não tenho como tocar sem o ela. Estou usando uma emprestada, até conseguir resolver essa situação”, completou.

João Martins reclama da falta de estrutura da 1ª Delegacia Metropolitana

O delegado João Martins, da 1º Delegacia Metropolitana (DM), disse, no entanto, que o crime ainda não foi desvendado porque até o momento não há informações consistentes sobre o furto. Ele explicou, ainda, que o músico só esteve na delegacia uma vez, quando foi prestar queixa. “Ele não nos procurou mais depois disso. Estamos à disposição para que ele possa trazer novas informações”, declarou o delegado.

Martins disse, ainda, que o grande número de ocorrências registradas na Delegacia em 2011 – até o momento foram três mil – e a falta de estrutura obriga-o a trabalhar com delitos de maior evidência. “Não me sinto culpado pela estrutura que temos disponível. A gente não consegue desvendar crimes sem informações. Há vários outros delitos aqui que também ficam sem solução”, justificou.

Segundo ele são apenas dois policiais civis para cada delegado – na 1º DM são dois – e há 20 presos no local. “Mas pelo menos dois dias do trabalho deles é perdido, pois eles têm que levar os presos pelo menos duas vezes por semana ao IML”, explicou.

“Utilizamos os meios disponíveis. A gente faz o que pode e o que não pode dentro da nossa capacidade humana. Lamento que não seja suficiente, pois gostaria de desvendar todos, mas a demanda é grande”, relatou o delegado.

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