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Ato foi realizado na manhã desta terça-feira, 10 (Fotos: Portal Infonet) |
Membros do Sindicato dos Músicos Sergipanos (Sindimusi/SE) e vários artistas da terra realizaram na manhã desta terça-feira, 10, um ato em frente à sede da Fundação Municipal de Cultura e Turismo de Aracaju (Funcaju), no Centro da capital. Com o auxílio de carro de som, eles cobraram uma maior atenção do órgão para com os artistas sergipanos, bem como o acesso a valores de contratos de bandas que se apresentaram no período junino deste ano. A mobilização contou com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Segundo o cantor João da Passarada, os artistas da terra vêm encontrando dificuldades para fechar shows no Estado, em função do monopólio exercido pelos grandes empresários. Em meio à problemática enfrentada, a categoria decidiu cobrar do secretário da cultura de Aracaju, Joselito Vitale, o Nitinho, uma maior valorização dos músicos sergipanos.
“Abrir o olho e alertar o secretário da cultura do município, Nitinho, para valorizar o artista, o artista da terra, e parar de fazer descaso com o músico de Sergipe. Ele entrou na cultura dizendo que seria nosso amigo, e de repente ficou contra nós, fazendo até mangação do nosso cachê”, disse o cantor João da Passarada.
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O cantor João da Passarada |
A demora no pagamento de cachês dos artistas sergipanos também foi um ponto levantado pelo cantor Jailson do Acordeom durante o ato.
“A Funcaju sempre nos tratou bem, mas ultimamente está havendo uma falta de atenção com nós músicos, é falta de pagamentos, a contratação não há um prazo determinado de pagamento, queremos uma atenção maior com o músico local. Em maio, estivemos em reunião com o prefeito João Alves, e ele prometeu nos ajudar e nos esqueceu”, disse Jailson.
Segundo o cantor e sanfoneiro, Erivaldo de Carira, se apresentar em eventos públicos e privados de Sergipe tem se tornado um verdadeiro desafio para os cantores locais nos últimos anos.
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O cantor e sanfoneiro, Erivaldo de Carira |
“Continua a mesma coisa, é que apenas tocamos no são João, passou esse período ficamos sem fazer shows. Acontece que no interior, nas festas, você só vê na programação nomes de bandas de fora, e nós não entramos. É a questão das empresas bancarem as campanhas dos prefeitos, e quando eles se elegem deixa esses empresários organizarem as festas por quatro anos, e ficamos de fora mais uma vez”, relata Erivaldo.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Músicos Sergipanos (Sindimusi/SE), Tonico Saraiva, a Funcaju se nega em apresentar aos contratos referente a contratação de bandas no período junino.
“Estamos reivindicando a Nitinho, os contratos do mês de junho e julho, do são João, que ele se nega a apresentar o sindicato. A portaria 3347 diz que todos os contratos das festas públicas e privadas têm que ser apresentada ao sindicato. E a Funcaju é diferente, ela rasga a lei, rasga o direito dos músicos sergipanos, e dos músicos brasileiros”, disse Tonico.
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O presidente do Sindimusi/SE, Tonico Saraiva |
Funcaju
A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação da Funcaju, para buscar respostas sobre os contratos fechados com bandas no período junino levantadas na matéria, e a informação passada, é que o secretário da Cultura de Aracaju, Joselito Vitale, encontra-se em solenidade. Tentamos manter contato com o secretário, mas não obtivemos êxito.
A Infonet permanece a disposição para esclarecimentos por meio do jornalismo@infonet.com.br ou (079) 21068000.
Por Leonardo Dias e Kátia Susanna