O cantor Kleber Melo dá continuidade ao projeto Quintas da Assim, que acontece no Melodia Show Bar. Com a carreira iniciada nos palcos do Festival Novo Canto, em 1988, Kleber tem se destacado nos principais festivais de música do Estado e fora dele. O Sergipe Cultural bateu um papo com o cantor, confira os principais trechos da conversa. Sergipe Cultural – No seu ponto de vista, qual a importância do projeto “Quintas da Assaim”? Kleber Melo – O projeto cria novos espaços e oportunidade para os músicos sergipanos, além de fazer com que os associados interajam mais e de uma forma descontraída. Sergipe Cultural – O que você está preparando para este show? Kleber Melo – Estou lançando oficialmente o meu novo CD Canto Chão, ou seja, vou cantar músicas inéditas, mas o público poderá conferir também as do primeiro trabalho, Das Águas Barrentas. Este show é especial porque tem um caráter acústico, bem diferente do que estou acostumado a fazer, que normalmente é teatro ou praça. Tem também a presença mais forte do violino, além da participação especial de Mingo Santana, na música Fogo Cigano. Ah, também vou recitar alguns poemas. Sergipe Cultural – O seu primeiro CD foi lançado em 98, quatro anos depois você está no segundo CD. Muitos percalços? Kleber Melo – Para fazer este segundo CD, foi necessário reinvestir o que eu consegui com a venda do primeiro. A parte mais difícil é prensar os CD´s e já na reta final eu tive a grande ajuda do SESC e da Casa do Artista. Sergipe Cultural – Quais seriam as diferenças básicas entre os dois trabalhos? Kleber Melo – No primeiro, eu busquei um mistura entre a terra e a água, ou seja, coloquei uma mistura de ritmos. Teve: baião, rap e balada, só para citar alguns. No segundo, eu busquei a valorização do patrimônio arquitetônico sergipano. E a sergipanidade é algo sempre presente nos meus trabalhos. Sergipe Cultural – Como você conseguiu transpor a valorização do arquitetônico em música? Kleber Melo – Eu procurei colocar em forma de música barroca. Este é um trabalho de pesquisa que eu, como compositor, sempre faço. Este é o meu exercício diário. Busquei traduzir a forma exterior, estética em forma poética. Sergipe Cultural – Você é, digamos, místico? Isso influencia suas composições? Kleber Melo – Sou sim, mas isso se reflete na música de forma natural, não forço nada. Sempre estou em pesquisa, tanto na área musical quanto na espiritual. As duas se juntam de maneira harmônica. A música cigana também está presente em minhas composições, em duas neste novo CD, porque é algo que corre no meu sangue. Nas músicas reverencio a natureza como algo divino.