Recordar a história do proletariado nordestino. Esse foi o tema central da peça ‘Os Corumbas’, baseada na obra de Amando Fontes, escritor paulista de nascença, mas sergipano de vivência e alma. A peça ‘Os Corumbas’ é uma homenagem do grupo Raízes Nordestinas, do município de Poço Verde, a esse grande escritor que apresentou ao país uma obra que ainda hoje dialoga com a realidade sócio-econômica da nossa região. 
Espetáculo do Grupo Raízes Nordestinas faz parte do Projeto Temporadas (Fotos: Marcelle Cristine/Secult)
A apresentação do Grupo Raízes Nordestinas faz parte do Projeto Temporadas, uma iniciativa desenvolvida pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) com o intuito de promover ações propícias ao desenvolvimento e crescimento profissional para os grupos de teatro das cidades sergipanas, como oficinas de aperfeiçoamento, circulação de espetáculos, intercâmbios culturais, culminando com a possibilidade de os grupos ficarem em cartaz durante uma semana na capital, nas mesmas condições técnicas dos grupos de Aracaju.
O “Projeto Temporadas” teve início no dia 1º de setembro deste ano, e seguirá até o fim deste mês com mais duas apresentações de grupos do interior do estado, que se apresentarão de quarta a sábado, sempre às 20h, no Teatro Lourival Batista. 
Apresentações começaram no dia 1º deste mês
Os Corumbas
O grupo desta semana trouxe uma das obras literárias clássicas sergipanas que retrata a sofrida história do proletariado nordestino. Apesar de ter sido escrito em 1933, o romance ‘Os Corumbas’ trata de um assunto que ainda aflige muitas famílias do sertão nordestino, a sina dos homens e mulheres que precisam migrar para outro local por conta dos estragos que a seca faz em suas terras e que padecem ao chegar nas grandes cidades por falta de instrução.
O escritor, Amando Fontes conta a vida da família Corumba durante os seis anos que viveram em Aracaju, após terem saído da Ribeira, um vilarejo no interior de Sergipe. A atriz Rafaela Alves, que interpretou a forte personagem de Sá Joseja, afirma que interpretar os Corumbas é algo de grande honra para o grupo, uma vez que eles também vivem no sertão sergipano.
Com informações da Secult
