Rua da Cultura de mãos dadas com as manifestações culturais

Quando trazida à tona, a “cultura” e suas manifestações culturais aumentam a chance de serem exploradas como realmente devem. A Rua da Cultura é realizada todas as segundas-feiras, a partir das 20h, na rua Santa Rosa, Mercado Thales Ferraz. Suas atrações são alternativas, tendo em vista a diversificação para o acesso de todas as classes sociais, gostos e tribos. Lá são comercializados livros, vinis, CD’s undergrounds e artesanatos, além da exposição de artistas plásticos e apresentações musicais. Com intuito de saber mais como a Rua da Cultura busca o resgate a essas livres manifestações e como se pode diminuir a marginalização de acesso a estas, foi entrevistado o coordenador geral do projeto, Lindemberg Monteiro. SERGIPE CULTURAL – Qual a importância de um projeto como a Rua da Cultura para a comunidade sergipana? LINDEMBERG MONTEIRO – Democratizar o acesso à produção cultural. Quando a gente fala “democratizar o acesso à produção cultural”, significa: pessoas podendo consumir tudo que está sendo produzido de cultura em nossa cidade, no nosso Estado e país, e quem está produzindo ter acesso ao público, o que é muito importante. CULTURAL – E quais são as deficiências dos movimentos culturais? LM – Eu acho que é acreditar que sempre se está um passo a frente, como muitos fazem, mediocrizando a inteligência das pessoas. A gente tem que fazer um diagnóstico de como está a cena cultural ao nosso redor e a partir daí, passo a passo, nos organizar. Então, eu creio que neste momento, os projetos têm que ter uma visão além do que devem. Que significa isso? Tem que se fazer uma formação de público, platéia, conscientização, restabelecer uma identidade cultural da sociedade. E isso, lógico, depende de todo mundo; dos artistas, do poder público, da sociedade civil em geral… CULTURAL – E como você acha que os movimentos artísticos podem atingir a população de uma forma mais abrangente? LM – Com bons projetos, que tenham ética. É importantíssimo, hoje, a gente pensar na questão ética e principalmente os artistas pensarem qual a importância desse trabalho para sociedade, dando um tratamento ético e responsável, buscando as vias de acesso. Eu acho que para o jovem, é fundamental, pois hoje quem estabelece a crítica e desencadeia a formação cultural na cidade, são os artistas. E quando você atinge o jovem, de uma forma geral, você se torna formador de opinião. CULTURAL – E o que pode ser feito para melhorar o acesso das pessoas à cultura? LM – Dar a oportunidade das pessoas verem o que está sendo produzido e mostrar muitas das coisas que a gente percebe que não chegam às nossas casas e adentram nelas. A Rua da Cultura veio pra pôr isso tudo em frente, às nossas vistas, de maneira que só não têm acesso quem não quer. A gente sempre fala na Rua da cultura que outras pessoas devem fazer Ruas da Cultura, Praças da Cultura, Quintais da Cultura. Porque eu creio em dar a deixa para as pessoas terem acesso a isso. Por Débora Andrade

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