Rui Ricardo Diaz fará o “Zé Olímpio”

Rui Ricardo Diaz fala sobre personagem que irá interpretar(Foto:Portal Infonet)
A pré-produção do filme de Hermano Penna ‘Aos ventos que Virão’, que começa a ser rodado dia 15 de novembro no município de Poço Redondo, sertão sergipano, terá como protagonista o ator Rui Ricardo Diaz, o mesmo que interpretou o presidente Lula no filme “Lula, o Filho do Brasil”.

O ator, que já está na capital sergipana, conversou com a equipe do Portal Infonet e explicou um pouco do personagem que irá interpretar e do novo trabalho de Hermano Penna.

Portal Infonet- Quando foi o primeiro contato com Hermano Penna?
Rui Ricardo Diaz – Foi há quatro meses atrás, quando ele entrou em contato comigo, me convidou para um bate papo, daí ele me deu o roteiro para ler e achei que dava um filme lindo – e dá mesmo -, daí oficializamos

Infonet- Que tipo de história o filme  irá retratar?
RD – É um olhar diferenciado para esse assunto, que é o cangaço, e que todos nós já conhecemos porque já foi retratado. Então esse trabalho dá um novo viés para esse assunto. É alguém que fez parte do cangaço mas não será um trablho acerca do cangaço. Ele não é um criminoso ou um herói. Ele tem ímpetos heróicos e tem tropeços. O mais legal e o que me encanta nesse trabalho é isso: a diferença do personagem dentro dessa temática, é essa espinha dorsal que já foi descrita. Um homem que teve passagem para o cangaço e vai para São Paulo e quando retorna percebe que não tem mais cangaço.

Portal Infonet – Como você define o personagem Zé Olimpio?
RD – O personagem Zé Olímpio é um personagem com desejos de mudança e justo. Um personagem rico e que tem alguns conflitos. Mas posso dizer que é  um personagem aguerrido, com desejos de mudanças, uma pessoa justa e vai encontrando dificuldades com essa justiça. Também estou entendendo o personagem, mas de fato tem desejos de mudanças, não só da vida dele mas da vida dos amigos.

Infonet Sei que existe ainda alguns segredos que cercam esse personagem. Mas o que você já pode revelar para os internautas acerca dessa história?
RD – (Risos). Tem alguns conflitos shakespearianos. O Zé Olímpio carrega na sua história essa sua passagem pelo cangaço, que vai fazer toda a diferença pelo resto da sua vida, embora não tenha passado muito tempo no cangaço. Ele vai brigar por uma série de coisas que ele acredita. e nem sempre vai conseguir essas coisas. É isso que me encantam e que faz dele um personagem tão rico.

Infonet – Você acha que o fato de ter  participado do filme ‘Lula o Filho do Brasil’ influenciou o diretor a te convidar para protagonizar esse filme?
RD – Sem dúvida o trabalho resultou nesse convite. Hermano viu o filme e o personagem Lula, que foi tão intenso, e acreditou que eu pudesse fazer. Vejo o ‘José Olímpio’ também como um personagem intenso e Hermano precisava de uma referência para fazer esse trabalho.

Infonet- A sua base como ator é no teatro?
RD- Trabalho a mais de 15 anos com teatro e tenho feito poucas coisas, então posso dizer que minha base é o teatro. Adorei fazer o Lula, por que é personagem brilhante e importante para o Brasil e para o mundo. Para qualquer ator isso é enriquecedor.

Infonet –  De que forma você está se preparando para interpretar esse personagem?
RD – Eu comecei a importunar mais o Hermano, querendo saber mais e mais. Nos falamos muitos durante esses quatro meses. Assisti a algumas coisas de referências, muita coisa do Glauber e outras coisas mais recentes. Como cheguei ontem, ainda preciso desse contato com as pessoas aqui. Vamos a Poço Redondo, a Canidé… bom acho que já estou no processo de construção desde que saí de casa. Estava viajando, fazendo teatro, mas agora parei tudo para me dedicar ao filme. Estou 100% ligado ao filme ao personagem, sem internet, usando o mínimo possível o celular.

Infonet – Quantas pessoas fazem parte do elenco e quantos atores de fora irão participar?
RD
– Acho que temos ai uma média de 60 pessoas. Então é um filme relativamente grande, com um núcleo central, onde as coisas vão acontecendo ao redor dele. Acho que de fora tem eu e mais quatro, mas a maior parte do elenco é daqui de Sergipe. Tem uns atores da Bahia também, até porque essa história acontece ai nessa divisa Bahia e Sergipe. A história do cangaço se da nessa divisa.

InfonetNa sua opnião o que esse filme deve representar para Sergipe, além dessa visibilidade?
RD– Existe uma coisa que é a memória de sangue. Por exemplo, eu moro em São Paulo, mas sou mineiro. Nasci em Minas e fui para São Paulo com quatro anos. Quando conheci minha avó em Minas, me vi nela. Então acho que é isso, você se reconhecer no outro que tem seu sangue. Essa história tem esse sangue sergipano. E Acho que o personagem vai fazer isso com algumas pessoas.

Por Alcione Martins e Kátia Susanna

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