Setur discute o fechamento do MAX com Universidade Federal

Albérico Nogueira

O secretário de Turismo de Sergipe, Elber Batalha, esteve reunido com o reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Josué Modesto Subrinho e o diretor do Museu de Arqueologia de Xingó (MAX), Albérico Nogueira de Queiróz, a fim de discutirem ações conjuntas para evitar o possível fechamento do museu.

O intuito da visita do secretário foi tentar intermediar uma solução para que um dos cartões postais de Canindé de São Francisco, que possui peças sobre o antepassado histórico da região, não venha a ser desativado. "Não podemos deixar aquele museu fechar. O trabalho que é desenvolvido no MAX é de extrema importância, não só do ponto de vista turístico, como também pelo rico acervo arqueológico que o museu possui", disse, informando ainda que vai conversar com as agências de receptivos para implementar de fato o roteiro MAX nas visitas dos turistas ao Complexo Xingó.

O reitor da Universidade Federal de Sergipe, Josué Modesto Subrinho, disse que pelo convênio firmado com a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), que é a detentora da área, a UFS participa com o trabalho de pesquisa e a cessão de pesquisadores para a manutenção do museu. "Já foi feito por parte da UFS diversos investimentos no MAX. O maior impasse está na questão da cessão da área, já que ela pertence a Chesf", revela o reitor, enaltecendo a participação da Setur neste processo. "A intermediação da Setur com os setores competentes vai ser de fundamental importância para resolvermos de vez a questão do MAX", acredita.

Segundo o reitor da UFS, está prevista uma reunião, ainda esta semana, no Ministério Público Federal com as entidades responsáveis pela manutenção do MAX. Participarão da reunião a UFS, a Chesf, a Prefeitura Municipal de Canindé de São Francisco, o Instituto Brasileiro de Museus, e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

O MAX

O Museu de Arqueologia de Xingó, que fica localizado na cidade de Canindé de São Francisco, foi inaugurado em 2000 pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), que na época, procurou a UFS para a formulação de um convênio de salvamento arqueológico. A partir daí, foi gerado  um expressivo acervo com mais de 5 mil peças, datadas de  aproximadamente a 9 mil anos. O museu seve para estudos, pesquisas e visitação. "Grande parte deste acervo está sob guarda da Universidade. Estamos realizando um inventário do acervo, criando um banco de dados. Com a criação do Lago de Xingó, vários sítios arqueológicos, que não puderam ser estudados, ficaram debaixo d’água e hoje já possuímos capacidade técnica para esses estudos", disse o diretor do Max, Albérico Nogueira de Queiróz.

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